11 setembro 2012

tsunami fiscal

› IRS
› IRC
› IMI
› Impostos s/ juros, mais-valias e dividendos
› Imposto de selo
› Imposto de circulação

- Parei para respirar...

19 comentários:

Ljubljana disse...

Caro Joaquim,

Estamos todos cá em baixo, no sopé da vaga, mas se olhar bem para a foto vai ver os tubarões todos bem perto do cume do monte fuji, quais tios patinhas a mergulharem "nele"!

Bmonteiro disse...

Estão assim tão admirados?
Porque fugiram Barroso para Bruxelas
e Sócrates para Paris?
Ou Guterres para a ONU?
Que podiam esperar de diferente, para a Praia de Madrid?

Ricardo Arroja disse...

E Joaquim, mais uma vez, à precisão e quantificação da generalidade dos aumentos de impostos, não há correspondência na quantificação das reduções de despesa.

Ps: Consta, mas tenho de confirmar, que a ADSE vai acabar...

Anónimo disse...

Caro Ricardo,

É verdade. Não tenho info s/ ADSE

Ricardo Arroja disse...

Joaquim, confirmado:

http://economiafinancas.com/2012/09/austeridade-2013-adse-convergira-para-regime-geral-rsi-e-subsidio-de-desemprego-com-acesso-mais-condicionado-corte-adicional-nas-pensoes-publicas/

muja disse...

O governo de hoje e o Governo de ontem...

‹‹Em 1956 ou 57, era eu Ministro da Presidência, pensei em ajudar algumas instituições mutualistas dos funcionários públicos que existiam para lhes permitir desenvolver um esquema eficaz de previdência e assistência na doença e generalizá-lo a todo o País.

Comunicado o projecto ao Ministério das Finanças, logo o chamou a si, mas convertendo-o depois na concepção de uma organização pública que substituísse essas instituições privadas. Achei óptimo e desisti da minha ideia, mas só em 1963 veio a nascer a Assistência na Doença aos Servidores do Estado (ADSE).

(...)

Encontrámos a Assistência na doença aos Servidores do Estado criada há cinco anos mas ainda a dar os primeiros passos. Imprimiu-se o maior desenvolvimento possível ao serviço que, partindo em 1968 de escassos milhares de inscritos, em 1973 já abrangia 400.000 beneficiários incluindo cônjuges e descendentes dos funcionários e foi nesse ano tornado extensivo aos serventuários das autarquias locais. Os benefícios foram sendo aumentados de ano .para ano, até se conseguir uma cobertura assistência bastante completa, abrangendo mesmo, em certos casos, serviços, médicos e medicamentos fora do País.

Claro que o crescimento rápido deste organismo tinha de acarretar algumas deficiências e até revelar certos vícios que em actividades assim são quase inevitáveis: mas a obra ficou, e só com muita injustiça se poderá negar a quem nela superintendeu de 1968 a 1974, o Secretário de Estado do Orçamento Dr. Augusto Vitor Coelho, o mérito de ter, com entusiasmo, posto em marcha tão importante sistema de apoio ao funcionalismo.

(...)

Procurou-se melhorar as condições do estatuto dos funcionários e suprimir discriminações e restrições desnecessárias, aproximando-o, em tudo quanto fosse do interesse dos servidores públicos, do regime jurídico dos trabalhadores privados. Na verdade,. se tempos houvera em que o funcionário era privilegiado, gozando vantagens e garantias que não existiam no sector privado, agora a posição invertera-se, e o empregado particular tinha benefícios maiores que o funcionário público. Não só por justiça como por conveniência da Administração, importava estabelecer ao menos a igualdade, sempre difícil de conseguir dada a liberdade das empresas privadas para fixar remunerações e o grande número de servidores públicos que elevava o custo de cada benefício, por pequeno que fosse. Assim se começou, por exemplo, a prática da atribuição do 13° mês de vencimento em cada ano.››

Marcello Caetano, Depoimento

A noite fascista dava, e não éramos livres. A radiosa democracia tira, mas somos "livres".

Lionheart disse...

Se os ingleses têm o "Keep calm and carry on", nós temos o "Aguenta, não chora". hehe

joserui disse...

Isto é de uma imoralidade... caros Joaquim e RA, nunca se devia aceitar nem mais um cêntimo de aumento de carga fiscal que não correspondesse a 10 cêntimos de redução de despesa...
Estes políticos gemebundos, todos eles são gemidos, hipocrisia e incompetência. Começa a chegar a hora de receberem o justo pagamento pelo que fizeram... começar por ir buscar a racaille a Paris era o ideal, para primeiro exemplo... -- JRF

joserui disse...

Mas é preciso ter cuidado com o que se deseja... a direita é uma nulidade e o CDS outro partido de corruptos... se isto der a volta, o reviralho como diz o Joaquim, podem ter a certeza que é à esquerda (seja lá o que isso for...) e isso é algo que não consigo compreender... -- JRF

Anónimo disse...

Fiquei, estranhamente, com aquela sensação com que saía de um exame... daqueles em que um tipo não sabe se lhe correu bem ou mal.
.
Não percebi aonde, quando e quanto é que o governo vai cortar na despesa que não seja 'pessoal'.
.
Não faço a minima ideia o que é um imposto maior sobre patrimonios... quanto, afinal, nos imoveis de luxo, nos carros e barcos. Quanto é que isso dá?
.
Porque é que estes Tipos não veem à televisão e dizem:
- vamos cortar 80% das Fundações e isso significa uma redução de x.
- vamos deixar de transferir verbas para ALGUMAS empresas publicas deficitárias (RTP's etc). O valor das transferencias será de t%.
- vamos fechar 80% dos institutos.
- vamos criar um imposto adicional de y% sobre as vendas das PPP's.
- Os preços de venda ao publico de empresas monopolistas deixam de ser livremente fixados pela empresa. Terá de ser justificado economicamente qualquer aumento de preços de venda ao publico. As margens das empresas monopolistas devem ser fixadas.
- acabar com o sigilo bancário para efeitos fiscais.
- Os depositos em conta bancária superiores ao rendimento declarado no IRS, tem de ser justificados. Depositos superiores aos Rendimentos declarados são taxados à taxa legal.

.
Rb

Anónimo disse...

...
- esta redução da despesa supra permitirá reduzir a TSU, o IRS e o IRC sobre as empresas.
- Taxas de IRC reduzidas em 50% durante DEZ anos para empresas que reinvistam os seus lucros.
....

Rb

Anónimo disse...

Lembro que a DIVIDA publica era em 2008 de 68% do PIB. Quando o actual governo tomou posse estava em 92% do PIB. A troika preve agora que a divida seja de 120% do PIB em 2014.
.
Portanto, em SEIS anos a divida publica portuuesa vai DUPLICAR.
.
Entao eu pergunto. Se existem 5000 de pessoas no activo e se os salarios medio é de 800 euros, e tendo em conta que os subsidios de ferias já foram, nao teria sido melhor atribuir DOIS salarios (subsidios) e destina-los à cmpra compulsiva de Dovida Publica? Pelas minhas contas isso dava um valor anual de 8 mil milhoes. Em CINCO anos pagava 40% da divida total aos mercados. É evidente que mantinha a divida as trabalhadores. Mas era nossa. Nao dependiamos ds mercados. E essa divida aos trabalhadores podia ser devolvida ao longo do tempo em beneficis fiscais.
.
Rb

Anónimo disse...

Mas mais do que tudo. As pessoas sentiam que nao podiam mexer em parte do salario, mas que era delas na mesma. Que nao lhes tinha sido roubado. Uma especie de poupanaca forcada.
.
Rb

Unknown disse...

Rb,,,,keep dreaming,,,,

a passividade do povo chegou a um ponto que brevemente para sair de casa paga e não vai bufar...

IMPRESSIONANTE.

André Miguel disse...

Nem sei que dizer... Já não tenho palavras.

Ricardo Arroja disse...

"Se existem 5000 de pessoas no activo e se os salarios medio é de 800 euros, e tendo em conta que os subsidios de ferias já foram, nao teria sido melhor atribuir DOIS salarios (subsidios) e destina-los à cmpra compulsiva de Dovida Publica? Pelas minhas contas isso dava um valor anual de 8 mil milhoes. Em CINCO anos pagava 40% da divida total aos mercados. É evidente que mantinha a divida as trabalhadores. Mas era nossa. Nao dependiamos ds mercados"

Caro RB,

Muito bem apanhado. De resto, é estranho que não se tenha contemplado sequer esse cenário, na medida em que consta que o IGCP já ande a fazer isso nas maturidades mais curtas. Não há-de ser por acaso que as yields a 2 anos baixaram mais do que proporcionalmente que as yields a 5 e 10!

Vivendi disse...

A medida proposta pelo Ricciardi é excelente. Pelo menos colocava as pessoas a investir para pagar o estado social (e iriam perceber também os benefícios em cortar na despesa), invés de estarem a ser simplesmente extorquidas como acontece atualmente.

A dívida pública já passa dos 120%.

zazie disse...

Então, mas para isso tinha-se feito um PEC 4.5

Né?

Sem chinocas nem angolanos a bordo, correndo com o PGR e metendo na cadeia os ladrões.

Filipe Silva disse...

Normal que o rácio aumente, se continuamos a ter deficits e temos uma contracção do PIB.

Divida em % PIB=Divida total/PIB

o numerador aumenta o denominador cai, sem surpresa que o rácio dispare.

A realidade é que mais tempo significa mais divida, logo sendo divida nada mais do que impostos futuros, os que "devíamos" ter pago acrescido dos juros.
Logo teremos de pagar ainda mais impostos no futuro, dado que não vi vontade nem capacidade de baixar despesa.

A medida do RB é interessante, não seria nada que o Japão já não andasse a fazer há mais de 20anos, a divida esta nas mãos de nacionais, mas agora não poderíamos cair no erro japonês que é de manter deficits durante dezenas de anos e a economia entrar na Estagflação (inflação e estagnação económica).
O grande perigo na minha opinião é que ainda seria mais complicado reformar o Estado, se agora já ninguém está disponível, então com essa medida é que seria