12 setembro 2012

contas não batem certo

BNP Paribas: Défice deste ano ficará nos 6% e recessão em 2013 será ainda mais severa

Lá para Novembro vem mais austeridade, digo eu.

10 comentários:

Lionheart disse...

O efeito multiplicador da contracção económica, derivada do aumento dos impostos, consequente diminuição do rendimento disponível dos privados e da crise de confiança dos agentes económicos, vai agravar a recessão no próximo ano. Seria preciso que a procura externa subisse muito e que Portugal tivesse produção para daí tirar proveito, para que tal não acontecesse. E há ainda efeitos difíceis de quantificar, como o do aumento do IMI. Suspeito que será ainda mais explosivo que o aumento do IRS.

Estas medidas anunciadas pelo Governo são medidas impostas pelos credores. E mesmo assim a imprensa estrangeira só olha para o alargamento dos prazos do défice, e não para o endurecimento da austeridade. Se isto é uma folga, vou ali e já venho.

Anónimo disse...

Parece-me, repito, parece-me que as medidas apresentadas vão muito mais além na cobrança de impostos do que aquilo que matematicamente se esperaria para cumprir os objectivos. É o tudo por tudo. Ou vai ou racha.
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Et voilá, tem tantas variaveis que os modelos econometricos do sô ministro das finanças tem uma celula especial que se chama de «margem de cagança». Ele coloca as variaveis e tal e o modelo dá uns valores matematicamente certinhos; mas como economia nao é matematica, já se viu, o ministro coloca a tal margem de cagança. Uns 20% a mais em cada coisa. Faz uma analise de sensibilidade, em suma.
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Ora, essa margem seria escusada se o plano incial fosse desenhado com equilibrio. Não haveriam grandes desvios.
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A margem de cagança é a desgraça da economia. É ela a responsavel pela enorme recessão que por aí vem.
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Assim, o sô ministro devia colocar na celulazinha do excel outro nome para designar a margem de cagança. Devia designa-la por Margem de Contribuição Recessiva.
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Se sobre vivermos a isto (sobrevive-se sempre - com mais ou menos fome, mais ou menos desemprego) teremos os mercados aos nosso pés. Apartir de Setermbro de 2013 os mercados vem aí e inundam-nos outra vez com massaroca. E nós, felizes, vamos outra vez poder encomendar ao estrangeiro aquilo que nunca conseuimos entretetando substituir. E vamos comprar carros novos a credito, e televisoes e vamos gastar mais combustivel...
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Bastará um ano ou talvez DOIS para, de novo, precisarmos novamente da Troika.
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Amen.
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Rb

Anónimo disse...

Isto tudo porque o POVO não pode confiar a gestão do dinheiro que estão a ABDUZIR dos seus SALARIOS a gente desta envergadura.
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Esta gente dos PARTIDOS não é SÉRIA. Nem HONESTA. Não cuida dos INTERESSES do povo, nem das empresas, senão na estricta medida dos interesses PESSOAIS de cada um. Pessoais ou TRIBAIS. Tribais do tipo partidos, maconarias.
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Rb

Anónimo disse...

Caro Rb,

A filosofia libertária e conservadora, o que diz é que não se pode confiar em ninguém.
Os próprios gerem sempre melhor os seus recursos.

Anónimo disse...

Consequentemente, a esta gente não pode ser dado todo o poder. Não. Os salários, sejam cortes, sejam impostos directos sobre eles, deviam ser UNICAMENTE utilizados para amortização de divida pública. DIRECTAMENTE, sem passar pelo orçamento de estado. Porque se passar pelo orçamento já sabemos, não aproveitará ao povo, nem às empresas, mas sim às corporações de interesses.
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O orçamento de estado só devia poder usar impostos indirectos. Mais nada. E estes não podiam ultrapassar a média dos CINCO mais altos da UE.
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E os governos deviam gerir esse dinheiro e NUNCA poder usar o ROUBO directo de SALARIOS.
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É que se usarem apenas os impostos INDIRECTOS, os governantes vão querer maximizar a receita. E a receita com impostos INDIRECTOS só se maximiza com CRESCIMENTO.
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Rb

Anónimo disse...

A figura do PRESIDENTE tambem, já está visto, NÃO serve para NADA. Um presidnete que diz que nao pode comentar antes de um papel sair formalmente não pode liderar um país.
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Um presidente a sério faria ao contrario e dizia ao governo, para não perderem tempo a fazer determinadas medidas no orçamento porque ele, de antemão, nao as ia aprovar... e forçava PUBLICAMENTE o governo a tomar medidas que o POVO considera essenciais para sentir equidade, para sentir que estamos todos no mesmo barco.´O presidente devia exigir publicamente ao governo que acabe com a despesa inutil de estado com as ppp's e fundacoes e institutos etc. E dar um prazo de DOIS meses para o fazer.
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Rb

joserui disse...

Caro RB, vão muito mais além porque já se viu que o matematicamente não é de confiança e a verdade é que ninguém sabe que impacto recessivo isto vai ter no dia a dia... o desgoverno está a contar com uma quebra relativa brutal na cobrança... porque muitas pessoas vão simplesmente deixar de ter dinheiro...
O tal país de comércio e serviços sonhado por cavaco e sus muchachos, vai falir, micro-empresa a micro-empresa... até não restar nada, nem ninguém a quem cobrar impostos... -- JRF

joserui disse...

A margem de cagança tem falhado sistematicamente e vai voltar a falhar obviamente... pura e simplesmente não há uma ideia que seja em prol do país e da população... é sacar e mais nada...
Anúncios de corte de despesa é que não há. E os que há não são credíveis, arrastam-se, têm a oposição dos mesmo que se queixam da austeridade e tudo somado, não estou a ver isto acabar bem... não estou a ver isso acontecer... -- JRF

Anónimo disse...

A mim espanta-me, caro JRF, é ouvir gente como aquele jornalista CAMILO a dizer que o consumo interno tem de baixar ainda mais.
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Eu acho que esta gente ainda não percebeu que se o consumo for direcionado para a produção nacional (e ha boas formas de fazer isso) a crise não tinha a gravidade que está a ter.
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Esta gente, que eu julgava inteligente, confunde tudo. Uma coisa é cortar no consumo de estrangeirices ( e isso sim é bom para o país, na sua conta e medida), outra coisa é cortar no consumo de bens nacionais. O consumo de bens nacionais deve ser grande.
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E depois, cortar nas importações pode ser bom se esses cortes forem em bens de consumo (tv's ipads etc) mas é mau se for em bens de investimento (camiões, carrinhas, maquinas industriais etc). E preocupa-me que esta gente não saiba separar o trigo do joio.
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Como tambem me preocupa que TODA a gente diga que há funcionario publicos a mais e pouca gente saiba aonde e em que medida. Não se pode tomar decisões sem conhecer os detalhes. Há demasiados profs, dizem. Mas aonde? na matematica, na história, na filosofia? e porque é que se há profs de geografia a mais são os das artes a pagar e ser dispensados?
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Um ministro tem que dizer claramente aquilo que está a mais e aonde. Há faxineiros a mais? motoristas, profs?
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Eu nao sei. Parece que ninguem sabe.
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Nao se pode governar assim. Isto é tipico de quem nunca geriu o que quer q seja. Nem as compras de casa. Mais grave, é tipico de quem NUNCA teve de se esforçar para pagar salarios aos seus funcionários.
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Rb

Lionheart disse...

O consumo de bens de investimento caiu muito. Pelo que sei sobre empresas importadoras deste tipo de bens, eles estão "pele e osso". Muitos vendedores passam a maior parte do tempo em cobranças pelos clientes, não a tentar vender mais, de tal modo isto está em quebra. Não consta que a quebra das vendas da Sonae ou da Jerónimo Martins tenha sido desta monta, por isso...

Outra coisa que evidencia a contracção da economia privada é que muitas empresas ainda não conseguiram pagar o subsídio de férias e as perspectivas para pagar o subsídio de Natal são ainda piores. A falta de liquidez no mercado retirou os dois subsídios à maioria dos privados.