25 junho 2012

os gregos não sabem o que é sofrer

No dia 12 de Outubro de 1990, o Sr. Wolfgang Schäuble, que tem agora 70 anos, foi vítima de uma tentativa de assassinato, que o deixou com uma lesão medular, paraplégico e confinado a uma cadeira de rodas.
Se nos tentarmos colocar na posição do Sr. Schäuble, podemos imaginar o sofrimento terrível por que ele tem passado ao longo dos últimos 22 anos. Um sofrimento tão intenso que o deve levar a não entender os problemas comezinhos de quem está desempregado ou de quem teve de emigrar para ganhar o pão nosso de cada dia, abandonando a família e os amigos.
De facto, o que é isso quando comparado com o sofrimento do Ministro da Finanças alemão?
Se repararmos, muitos deficientes desenvolvem, e com razão, uma certa indiferença ao sofrimento alheio. Para sobreviverem, com um mínimo de sanidade mental, têm de colocar tudo em causa. O que parece prioritário para uma pessoa saudável, pode ser um luxo desnecessário para um paraplégico.
Ora é nesta perspectiva que eu “leio” as recentes declarações do Sr. Wolfgang Schäuble sobre a Grécia, em que ele, em resumo, diz aos gregos: “Parem de se queixar e toca a implementar mais austeridade”.
Sofrimento? Sofrimento deve ser um termo que o Sr. Wolfgang Schäuble eliminou do seu pensamento há mais de vinte anos. De outro modo não teria podido sobreviver.

65 comentários:

Pedro Sá disse...

Ele mesmo na Alemanha é completamente odiado.

Filipe Silva disse...

Mas não deixa de ter razão.

a Grécia não é como em Portugal, cá a maquina fiscal é voraz, não tem a mínima compaixão e leva tudo.
Na Grécia já não é assim, aumentam-se os impostos mas não são cobrados.
Não cumprem nada do que se comprometem.
O PIB caí há 5anos, a economia paralela não deixa de subir há mais de 5anos.
São mestres a jogar Poker, para eles isto não é mais que um jogo, querem continuar a levar a vida que levavam.
O melhor que a Europa podia fazer é deixá-los falir, mas o medo dos políticos é tanto que continuam a mandar dinheiro.

Os Gregos querem "solidariedade" mas não querem ser solidários com os outros.

Os Alemães, apesar de muita coisa mal, são os únicos no mundo ocidental com algum tino, e ainda bem que existe uma Merkel, mas nem mesmo ela aguenta a pressão que vem de todo o lado.

zazie disse...

O tipo é boche e o resto é conversa.

Até porque o facto de alguém ser paraplégico não exclui poder ser pobre e até ter de emigrar.

Portanto, mesmo na deficiência está num patamar mais confortável.

Lionheart disse...

Se se confirmar que a Grécia contratou 70 mil funcionários públicos e os colocou nos municípios quando se tinha comprometido com a redução do funcionalismo público é uma barraca. Mas ao mesmo tempo, estes são expedientes de quem pura e simplesmente tenta sobreviver e não acredita minimamente no "remédio" que o querem obrigar a tomar. Também porque as medidas da "troika", mesmo que implementadas, pouco contribuirão para a reforma da economia grega, pois destinam-se apenas a fazer o "desmame" da Grécia face aos seus credores. E por consequência a Grécia aponta o dedo do meio à "Europa" e engana-a no que pode. A relação Grécia-Alemanha/Europa está estragada há muito tempo. Mas ao menos nenhum tem ilusões em relação ao outro.

http://www.lefigaro.fr/conjoncture/2012/06/25/20002-20120625ARTFIG00335-athenes-aurait-triche-sur-ses-fonctionnaires.php

Fernanda Viegas disse...

"...toca a implementar mais austeridade" o que é que isto quererá dizer às pessoas que têm vindo a perder o emprego, a casa, a comida, a dignidade? "Austeridade" é uma palavra que nos últimos tempos se esvaiu de significado. Ninguém mais sabe o que quer dizer, como se determina, como se mede.Em suma, banalizou-se. O Sr W.S. na sua cadeirinha de rodas, não serve de consolo!

muja disse...

Um sofrimento tão intenso que o deve levar a não entender os problemas comezinhos de quem está desempregado ou de quem teve de emigrar para ganhar o pão nosso de cada dia, abandonando a família e os amigos.

Pois. Mas se é por aí, então é necessário lembrar que os Alemães não tiveram propriamente um século cor-de-rosa. Ainda nem há 70 anos a Alemanha foi nivelada e repartida como despojo de guerra. Uma das metades conheceu uns quarenta e tal anos de "progresso" soviético.
Acho que a nível de sofrimento não têm lições a receber.

Já não há pachorra para aturar isto.
Agora os Gregos são uns coitadinhos e os Alemães são os boches malvados que querem formar o IV" Reich. Oh, tenham dó...

É o que dá quando a vaca sagrada é mais sagrada que as pessoas.
Vão amargar e vão amargar bem. Mas vão manter a vaca sagrada até ao derradeiro momento, porque isso é que é importante. Pois então que lhes faça bom proveito. E nós é a mesma coisa.

Os Alemães não são melhores nem piores que o resto. Mas voltarmos à cantiga da demonização outra vez? Really?

Filipe Silva disse...

A austeridade não é mais que viverem com o que produzem, normal que se percam casas empregos, etc...

Ninguém deseja isso, mas é a realidade do processo de ajustamento, os Gregos querem é viver de dinheiro alheio.

O que a economia grega como portuguesa precisa é de desmamar do Estado, ou melhor, o Estado desmamar dos impostos que obriga o privado a pagar.

O resto é conversa

Lionheart disse...

Pois, mas os alemães emprestaram dinheiro à tripa-forra para a periferia, o que mais não foi que um subsidio às suas exportações, de modo a amortecer os efeitos da reestruturação económica que estava a fazer e que agora quer vender aos outros como a cura para todos os males. Só que a Alemanha não está disposta a fazer pelos outros o que estes (ESTUPIDAMENTE) fizeram pela Alemanha. A bolha das exportações a crédito rebentou, a periferia deixou de ter incentivos para produzir com o crédito barato que lhe permitiu consumir, e agora não tem factores produtivos que lhe permitam gerar receitas pagar os défices todos. Podem falar em federalismo, euro-bonds, etc. Podem encher a boca toda com essa merda, mas a verdade é que os países detestam-se, estão todos fartos uns dos outros e por isso a Europa está lixada.

Fernanda Viegas disse...

O que eu tenho é uma certeza, tão certinha como a morte. Continuar a fazer de conta e não ver que o drama social se avoluma é estar-se a pôr a jeito. Não é o Estado que vai pagar, são as pessoas e as que têm alguma ou muita coisa, porque já diz o velho ditado, quem nada tem, nada tem a perder. A fominha não se pode desvalorizar ou negociar a médio ou longo prazo.E concordo com vocês: os alemães são admiráveis - na terra deles!

zazie disse...

O que são os "alemães".

Acaso o Muja é capaz de nos contar quem são eles e que é isso da "Alemanha"?

Como é que apareceu essa "Alemanha" e o que incluiu lá dentro?

zazie disse...

A "terra deles" sempre foi uma coisa a dar para o "Imperial".

Do 1º Reich à tentativa do 4º

Lionheart disse...

Os países da periferia não tinham nível de vida e riqueza que lhes possibilitasse consumir como consumiram. Tal só foi possível devido ao crédito externo a que o euro abriu portas, e que era benéfico para os países contribuintes líquidos da UE, que também são os maiores exportadores, pois assim escoavam a sua produção numa altura em que estavam a ser fortemente condicionados pela concorrência asiática. Este acordo tácito foi alegremente implementado por governos corruptos como os gregos e os (des)governos portugueses, cujos partidos mais facilmente conseguiam ganhar as eleições, devido à (falsa) prosperidade que a Europa aqui criou. Só que o desiquilíbrio externo da Grécia e de Portugal atingiu o limite e a festa acabou. Mas os portugueses têm a obrigação de lembrar à Merkel quem é que financiou a tralha que lixou Portugal, e por isso os alemães que não se podem ilibar da desgovernação dos outros. Tanto assim que todos eles (com excepção de um) arranjaram xuxas internacionais. Vejam lá a "condenação" moral que a "Europa" fez a Sócrates: um "exílio" à grande e à francesa, enquanto ao "mexilhão" está destinada a pobreza.

Fernanda Viegas disse...

Na mouche Zazie!

Fernanda Viegas disse...

Certíssimo Lionheart, subscrevo linha por linha.

zazie disse...

Quer-se dizer.. o Muja passa a vida a combater os israelitas e o sionismo por causa da mania que eles têm do tal Lebensraum pencudo.

Mas, se o mesmo Lebensraum não for pencudo, é um bom Lebensraum.

Ok. Na volta, os heróis dos turbantes turvam um pouco a cabeça e a necessidade de ser consequente.

Zephyrus disse...

Apesar da Grécia receber mais turistas que Portugal, apesar da Grécia receber turistas mais endinheirados que aqueles que nos visitam, sempre achei estranho o facto de terem um PIB per capita quase igual ao de Itália, Espanha ou França. A Grécia quase nada produz e tem menos tradição industrial que boa parte do nosso país. Se o ajustamento avançar dou 10 anos para Portugal estar mais rico que eles.

Lionheart disse...

"Se o ajustamento avançar dou 10 anos para Portugal estar mais rico que eles."

Não sei. Apesar de um ajustamento mais severo que o nosso, o PIB per capita grego continua mais alto porque a Grécia não tem uma estrutura social tão desigual quanto a portuguesa. Não se vêm (mesmo hoje) as bolsas de pobreza extrema que existem em Portugal (desde os bairros de lata e zonas muito degradadas e de degradantes nas grandes cidades, às zonas rurais muito envelhecidas e pobres). A literacia formal e funcional é mais elevada. As receitas do turismo são o dobro das nossas, pelo menos. Portugal não pode competir com eles nesta área, porque a Grécia tem uma costa muito maior, incluindo as ilhas todas, e porque o património da Grécia Antiga é único no mundo. E ainda tem uma indústria armadora que é das maiores do mundo. É mesmo um país que vive de e para o mar. Só o Pireu tem mais barcos que Portugal inteiro.

Mas o mais preocupante para nós é a destruição de riqueza que a bancarrota do Estado e a falência dos privados provocou, com a consequente perda de activos para o estrangeiro. Portugal já não vai poder ser o que podia ter sido. A TAP já não será a companhia transnacional que se planeava, com um novo aeroporto em Lisboa a servir de "hub" para o Atlântico Sul (neste momento apenas se tenta que esta não seja engolida pela Iberia, para que a Portela não seja "provincianizada" face a Madrid). A GALP já não será a empresa com a escala que se planeava após a descoberta de petróleo no Brasil (já teve de vender parte da sua participação aos chineses). A construção civil está sem base e com as malas à porta. Os investimentos que estavam previstos para as Forças Armadas foram cancelados (lá se foi o sonho do LPD e de uma Marinha oceânica à nossa escala). Etc, etc, etc. O que é grave não é a recessão deste ano e possivelmente do próximo. Isso seria apenas um ajustamento normal. O que é muito sério são as perdas totais de capital e activos que dificilmente conseguiremos recuperar e que deitam por terra o objectivo de convergir com a Europa rica.

muja disse...

Quer-se dizer.. o Muja passa a vida a combater os israelitas e o sionismo por causa da mania que eles têm do tal Lebensraum pencudo.

Mas, se o mesmo Lebensraum não for pencudo, é um bom Lebensraum.

Mas que Lebensraum? Alguém obrigou alguém a pedir dinheiro emprestado à Alemanha? Porque é que é o contribuinte alemão a ter de pagar as dívidas contraídas por outrem?

Quer-se dizer, e agora digo eu, se for o contribuinte alemão a pagar é justo, se for o grego ou o portuga não?

Onde é que está o guito? Para onde é que ele vai? Chega aos "mercados" e desaparece? Esfuma-se? Alguém o há-de ter. Esse alguém é o contribuinte alemão? É?

Não é. Então quem é? Bom, essa é a million dollar question. Descubram quem é e vão-lho reclamar!

Isto o que é? Ou se trata de coisa honesta ou se trata de vigarice.

Se é honesta, que pague quem deve.
Se é vigarice, então calma. Porque numa vigarice há sempre dois vigaristas, o que vigariza e o que é vigarizado.

muja disse...

Os alemães acautelam os seus interesses. Isso é imperialismo?

Fizessem outro tanto os Gregos, e não estariam nesta situação.

zazie disse...

Claro que foram obrigados a pedir dinheiro emprestado à Alemanha.

Foi essa a puta da condição para o euro. E em troca fomos todos obrigados a acabar com a produção industiral própria para os amelaes despejarem para o Sul os seus "bmws".

Isso, aliás, nem tem discussão. A discussão era a boa da raça ariana contra a má da raça sionista.

Porque eu ainda estou para saber o que é isso da coitadinha da Alemanha ao longo dos séculos.

A coitadinha sempre foi imperalismo por anexação do que está perto.

Agora é imperialismo por abafar comercialmente os parceiros de uma UE construída para eles. Para a reunificação deles.

muja disse...

Onde é que está o dinheiro Zazie?

zazie disse...

Já respondi. Quer o quadro das obrigações comunitárias para que o euro existisse?

O José já o publicou. Tivemos nós e os gregos que extinguir produção nacional para eles viverem da exportação e da dívida.

Claro que Portugal e a Grécia têm esta anormalidade xuxa e nem precisávamos de mais nada para a bancarrota.

Mas isso não invalida a cretinice boche que foi quem mais lucrou e é quem mais lucra com a UE.

Aliás, assinaram o Tratado de Lisboa para quÊ?

Para depois andarem a passar filmes na tv com as nossas estradas desertas e a dizerem que foi para isso que emprestaram dinheiro.

Deviam ter filmado as matrículas dos poucos automóveis- que são todos deles.

Só este facto é do mais bronco racismo. Uma televisão nacional a fazer propagada contra os países do Sul.

Se fosse cá era lindo- era crime racista e sabe-se lá o que mais.

zazie disse...

O dinheiro- está lá. Sempre esteve- são os juros da dívida.

Está lá e está nos offshores dos ladrões do poleiro.

Quanto a isso já eu disse- com estes gatunos estávamos sempre tramados.

E os gregos, com a mesma tara estatista, idem.

Mas isso não altera em nada quem lucrou com a desgraça dos outros.

Foram os alemães. São eles. A UE foi feita para eles e o euro foi o valor do marco.

A construção dessa moeda única é que foi a mais patética prova de imbecilidade burocrática.

A UE é Império político/económico e figuras pardas, completamente imbecis- na burocracia.

muja disse...

Foram os alemães. São eles.

O contribuinte alemão, portanto?

muja disse...

Os "mercados", que dantes eram os "investidores", são os alemães? O contribuinte alemão?

zazie disse...

Os cabrões até as ilhas gregas queriam como hipoteca.

E de nós ainda bufaram pelo ouro dos nazis.

Eses gajos desprezam tudo o que não seja ariano. Nem vale a pena.

O nazismo só podia ter acontecido lá.

Claro que culturalmente são espantosos mas isso em nada invalida a tradição tentacular do "espaço vital".

E os aliados são os mesmos de há séculos. Sempre entre a França e a Rússia- aparentemente inimigos mas parceiros do saque.

Só houve rivalidade extra quando os ingleses os batiam em matéria de colonialismo extra-europeu. Foi assim que aconteceu a 1 Grande Guerra. E a segunda foi assado. E agora, como acabaram os colonialismos por ocuação territorial, existem os colonialismos à distância- por sufoco económico.

zazie disse...

O contribuine alemão, protanto?

tanto como o contribuinte tuga, o grego, o francês, o inglês, o irlandês, o espanhol.

Se v. quer colocar as coisas na responsabilidade do povo, então brinca-se- é o povo contra o povo e não há Poder nem lei, nem Organismos e instituições que nunca referendaram esta merda!


V. votou a UE? v. votou o euro?

Alguém votou?

Se ninguém votou não é o "contribuinte" de parte alguma- são os líderes responsáveis!

joserui disse...

Lionheart, se for para responsabilizar os alemães pelos governos corruptos e desgovernos, está toda a gente pronta... se for para aceitar que os alemães têm uma palavra a dizer no governo financeiro dos países (dos tais governos corruptos e desgovernos) que em última análise os pode salvar de uma pobreza à anos 40, acudam que é ingerência, império, reich, boche, nazi e sei lá que mais... antes ninguém se queixou... pelo contrário, os BMW, Audi, VW e Mercedes foram muito apreciados... já se sabe que era preciso betão e alcatrão para tão belas máquinas circularem... agora, é mamar a bucha... -- JRF

muja disse...

Eses gajos desprezam tudo o que não seja ariano. Nem vale a pena.

Isso é falso.

Se v. quer colocar as coisas na responsabilidade do povo, então brinca-se- é o povo contra o povo e não há Poder nem lei, nem Organismos e instituições que nunca referendaram esta merda!

Eu? Mas V. ê que acham que o alemão tem que levar com isto às costas!

Ou quem afinal é que vai pagar toda esta merda?

zazie disse...

É falso?

Então bora lá contar a história da Alemanha.

Força. Comece o Muja que sabe que é falso.

Uma coisa é certa- esta conversa de coitadinhos deles nunca existiria na Alemanha.

Isto aqui e na Grécia é África.

zazie disse...

Aliás, se há coisa que me encanita é a pancada tuga de se projectarem em povos heróicos que nem conhecem.

Agora são todos alemães pelo facto daqueles com quem têm mais afinidades estarem todos na merda.

São estas megalomanias que mostram uma coisa tramada- perdemos a nossa identidade.

E foi há um bom tempo. Porque um povo que se projecta nos algozes, não merece outra sorte.

zazie disse...

Por cá, uns votam nos ladrões que prometem funcionalismo público até à morte.

Os outros imaginam-se a eleger presidentes americanos ou a serem germânicos

(e outros a serem árabes.... ":OP

zazie disse...

Esta anormalidade da tv e globalização acabou com o pouco bom-senso que ainda restava.

É tudo jogo de consola. Inventam personagens com muitas vidas para ganharem os jogos sem saírem do sofá.

muja disse...

Ora, ora Zazie...

Encanite-se lá com o que quiser, mas eu não me projecto em nada, nem sou megalómano.

E não venha com essa da história. A história é escrita pelos vencedores. Se não gosta dela, ou das suas consequências, então peça responsabilidades a quem a escreveu e continua a escrever.

Quem é que montou esta Alemanha? Qual foi o plebiscito, ou eleição, ou legitimação popular que viabilizou a República Federal da Alemanha?

muja disse...

Foram os arianos?

muja disse...

Esta anormalidade da tv e globalização acabou com o pouco bom-senso que ainda restava.

Também foram os arianos?

zazie disse...

E ainda há outra cretinice maior.

Agora anda para aí tudo a cuspir na UE e na globalização e mais não sei quantos.

E eu pergunto- o que defendia essa gente há uns anos atrás?

Alguma vez foram contra a UE e a globalização?

Nunca! Eu, que sempre fui contra- desde o primeiro dia, cheguei a ser gozada por quem agora cospe na sopa.

E até aqui no blogue tem piada ir aos arquivos e ler o que diziam aquando da Irlanda ter feito manguito ao Tratado de Lisboa.

Tem piada tem. Era eu pelos irlandeses e o Birgolino e o resto até o PA era todo "boche é boooommm; é bom booooche!"

zazie disse...

Sim, os mercados também são, em número principal, os bancos alemães.

Porquê?

Quais é que haviam de ser, uma vez que o BCE não empresta directamente?

E porque é que eles nem querem eurobonds, já agora?

Quanto vale o marco internamente e externamente?

Lionheart disse...

Joserui, por que causa é que os alemães vão decidir? É que o maior equivoco desta cena toda é que os Estados europeus estão em concorrência uns com os outros, enquanto que os estados que compõem as federações perfeitas não estão. Pelo menos não com a mesma intensidade. Em tempo algum se pode reproduzir na Europa o modelo federalista que vigora em federações perfeitas, porque as desigualdades de poder entre os Estados europeus são muito maiores, além de que nas federações perfeitas a identificação com o todo está acima da identificação local. Na Europa é ao contrário.

Na Europa o federalismo é apenas a germanização da Europa. Sem fantasmas nazis nem nada do género, mas é o alargamento do modelo alemão ao resto do continente. E quem defende o federalismo deve assumi-lo de uma vez por todas em vez de andar com lérias sobre o modelo americano, que não é para aqui chamado.

zazie disse...

http://www.thebigjump.com/news/Economie-Politique/economie/Entrees/2012/2/9_Les_marches_existent~_ils.html

zazie disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
zazie disse...

ò aqui os "mercados", liderados pelos "contribuintes" a emprestarem aos sacanas:

http://www.ft.com/intl/cms/s/0/7cbdc3f4-e9f0-11e0-b997-00144feab49a.html#axzz1ypePzy5U

Ali´zs, nem se percebe como gente tão superior e inteligente caiu na esparrela de deixar entrar a Grécia para o euro.

Né?

Foram enganados. Só pode. Foram eles e foi a Goldman Sachs.

muja disse...

Então mas a Zazie sò me atira com bancos!

Eu defendi os bancos, alguma vez?

Afinal são os bancos ou é o alemão?

É uma estratégia da Alemanha para montar o 4º Reich ou é simplesmente a consolidação dos Estados Unidos do Mundo, com sede europeia em Berlim?

Quem manda na Alemanha? É o boche? Será?

V. engana-se se pensa que eu acho que se devia pagar esta dívida. Mas não vou cá em cantigas de boches. E a mim encanita-me sobretudo o vigaristazeco que desata a estrebuchar e a ganir quando percebe que afinal, o vigarizado foi ele.

Isto tem tanto que ver com vacas sagradas como com boches.

muja disse...

Se isto não fosse governado por incapazes, poderíamos ter passado bem ao largo desta trapalhada toda.

E se não continuasse a sê-lo, poderíamos manobrar por forma minimizar as piores consequências de nos terem metido nela.

Assim, resta-nos sofrer, pagar ainda e sempre - ao incapaz que nos governa e ao usurário a quem nos penhora o futuro - com a consolação de que podemos pintar o usurário como quisermos, neste caso, de boche, essa tão rica figura de todos os males da Europa. Só que desta vez, em vez de capacete pontiagudo e bigodinho, tem que ser de fato Armani e escritórios de vidro. Em Nova Iorque...

zazie disse...

«Na Europa o federalismo é apenas a germanização da Europa.»

Claro!
......................

Pois, mas isso é outra história. O José defende essa ideia mas é um se demasiado retrospectivo.

E depois, os espanhóis também estão nisto, os italianos, idem, e por aí fora.

É demasiado problema interno para explicar tamanho arrolamento.

Foi a globalização e o kantismo europeu- esses mito de irmandades dão sempre bode.

E até poderia dar uma CEE.

Agora UE pela metade, sem ser EUE, e com uma moeda que é uma mentira, partindo do dogma das famosas "leis do mercado" que acabava tornar igual o que é diferente...

zazie disse...

O boche é político-económico.
´
É energético e faz de puta entre a Rússia e a América.

Os onzeneiros são outros e chamaram-lhe um figo, ao Lebebensraum.

zazie disse...

Mas não me chegou a contar quem é esse outro famoso povo e Estado Eleito que dá pelo nome de "alemães da Alemanha".

É que parece que tal como no dos pencudos, havia muito mais gente nesse local que perdeu a terrinha.

Né?

É pois.

zazie disse...

Mas, o que eu não sei é se não se podia ter evitado o resgate da Troika.

E, para isso, o Sócrates nunca devia ter ganho as eleições pela segunda vez.

E ganhou, entre outros motivos, porque o imbecil do Cavaco andou a tapar e não fez muito mais cedo o que devia ter feito- dissolver a assembleia.

zazie disse...

Quanto ao resto, v. gosta tem pena dos coitadinhos dos boches por causa dos árabes.

É claro como o nick que usa.

É tudo problema do conflito israelo-palestiniano.

Wue é uma coisa que tem montes de interesse para o mais comum "contribuinte tuga".

":OP

Filipe Silva disse...

Muito ódio aos alemães.

Em relação ao motivo da criação do Euro, estão muito equivocados.

A criação do Euro foi o preço que a Alemanha teve de pagar para que os Franceses aceitassem a sua reunificação.

Os franceses sempre quiseram arrebentar com o poder de influencia do Bundesbank.

Os franceses sempre foram famosos por monetizarem o deficit, e terem politicas inflacionistas, enquanto o Bundesbank sempre foi menos inflacionista do que os outros, o que levou sempre os outros a seguirem em parte a politica levada a cabo pelos alemães.

Em relação À mentira que a nossa adesão ao Euro foi o que levou ao desmantelamento da nossa produção isso é uma desculpa de mau pagador.
A realidade é que nós preferimos o consumo imediato ao investimento reprodutivo.
Por algum motivo o estado cresceu como cresceu.

Em vez de acusar mos os alemães de coisas que nada tem culpa, deviamos culpar sim quem nos trouxe aqui.

Eu tenho admiração pelo povo alemão, um povo destruído 2vezes em 100 anos, dividido durante +40anos e mesmo assim são o país mais poderoso economicamente da Europa é obra.

Graças a deus que existem os alemães a fazerem alguma pressão para que os socialistas não se ponham a imprimir feitos loucos e destruam o euro, o que estes querem é empobrecer toda a gente.

muja disse...

Perdeu a terrinha, como assim?

Se alguém perdeu terra no século XX na Europa foi aquela gente!

E V. a dar-lhe com Israel... Que quer que lhe diga? Que quero que eles de lá saiam? Posso querer o que eu quiser que eles dali não saem tão cedo. nem de lá ninguém os tira.

Agora, que a maneira como eles se "instalaram" e conduta que têm tido e continuam a ter em relação à gente que lá vivia, é extremamente reprovável e censurável, é.
E é-o mais ainda, sobretudo porque não precisava de o ser minimamente.

Tudo por fim polvilhado com uma camada monumental de hipocrisia e com a máquina de propaganda mais poderosa alguma vez montada sobre a terra.

E então?

zazie disse...

E no XIX?

E no início do XX?

Não se faça parvo. Basta ir à wikipédia, se não sabe como se formou a dita Alemanha.

muja disse...

Ah, ainda não tinha lido!

Ehehehehe.

Engana-se cara Zazie, engana-se...

zazie disse...

Oh, eu limitei-me a dizer que se topa à distância, que v. tem esta pancada pró-boche porque diabolizou os judeus.

E diabolizou-os por causa dos seus heróis que fazem parte do nick.

Phónix! é preciso ser chata e contar tudo?

":OP

O nosso morgadinho da cubata também não os curte muito mas é pelo motivo inverso. Por causa dos bons dos pencudos.


Eu cá não sei. Não tenho nenhuma embirração com alemães. Culturalmente, bm pelo contrário. Os melhores estudos académicos em História e em Filosofia são todos deles.

Mas não gosto de imperialismos e eles sempre o foram.

Ah, e também não gosto da língua. Como dizia o Fellini, há-de ser boa para os carroceiros fazerem com que os cavalos obedeçam.

Fora isso, sou latina. Está visto. Só se tivesse pancadas estrangeiradas é que podia achar-me também uma valquíria- como a outra maluca

":O))))))

zazie disse...

Não me engano nada. Sou bruxa. E esta é tão evidente...

ehehehehe

":OP

zazie disse...

A boca que lhe mandei, de início, é que v. não é consequente.

Tem um parti-pris com os israelitas por causa dos palestinianos e dos árabes em geral- que para si são o supra-sumo do planeta.

Mas, depois, desculpa e até nega, nos nazis (e aqui é que entra a questão da caricatura boche) aquilo que não tolera nos israelitas. E ainda mil vezes pior, pois o Holocausto não foi nenhuma patranha.

Ora eu não gosto do sionismo pela mesmíssima razão que não tolero o nazismo.

Pelo menos sou consequente- E não tenho povos de estimação. Não me interessa esse clubismo para nada.

Lionheart disse...

Filipe Silva, tambem tem culpa porque tanto houve corrompidos como corruptores. Quer exemplos?

Nesta "Europa" juntou-se a fome 'a vontade de comer: uns dispostos a pagar pagar para vender e outros disponiveis para se venderem. Agora estão agarrados uns aos outros, porque se os défices de uns são os excedentes de outros, as dividas dos primeiros só são activos dos segundos se os primeiros pagarem.

zazie disse...

Os antecedentes são estes:


hererós e namaquas.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Genocídio_dos_Hererós_e_Namaquas

Nós não temos estas vergonhas em passado algum.

muja disse...

Eu não neguei coisíssima nenhuma, e depois patranhas há muitas, umas maiores outras menores. Como aquela de Katyn, por exemplo.

Mas o que é certo é que, à cautela, fizeram do Holocausto verdade inquestionável. Quem questionar, cadeia. E não pia, porque se se tentar defender incorre no mesmo crime.
É o chamado crime recorrente. Ou de pensamento.

Hipocrisia, minha cara. É do que está o mundo cheio. E esses senhores carregam uma grande parte sobre os ombros.

zazie disse...

Lá veio um morcão com a bocarra a falar em ódio.

Não suporto esta monguice imbecil de se traduzir o hate americano pela brutalidade da palavra ódio.

É coisa da escardalhada. É a dialéctica erística. arrumam logo o adversário com a cruz na testa- "tens ódio". Linha da denúncia e tribunal com ele- porque o "ódio" passou a ser um sentimento que estes novos inquisidores detectam.

Por patrulha- por nome. Porque é assim que se diz em americano- hate=ódio. Até às batatas fritas, se for preciso.

Toda e qualquer leve embirração ou desagrado ou tédio, ou indiferença, passou a ficar catalogado como "crime de ódio".

Uma murraça na cabeça é que precisavam e aprendiam a falar português.

zazie disse...

Sim, ok. Eu também acho, esqueça isso e não se amofine.

Isto é apenas dívida e utopia europeia

eheheheh

Uma anormalidade. Sempre que me lembro do livro de História Europeia que andava a ser feito em comum e que os burocratas da UE iam impor.

Nunca tinha havido guerras nem problemas entre estes povos e países.

Na volta, eram apenas "cantões" da mesma "Nação"- chamada Europa.

Viu-se. Toca-lhes no carcanhol e passa logo a haver mais enteados que manos.

ahahahahahaha

muja disse...

Sim esses do ódio também são da mesma comandita do crime recursivo. São a guarda avançada.

Mas não vejo aqui nenhum...

zazie disse...

Està atrás de si: Filipe Silva


eheheh

muja disse...

ahahah.

Esses dos mapas também são uns idiotas.

Primeiro mandamento da Vaca Sagrada:

C.R.E.A.M.

Vivendi disse...

Problemas da Europa

1º problema

O problema da UE chama-se China. As indústrias do sul perderam competitividade para quem? As fábricas foram para a Alemanha? Ou desapareceram do mapa e outras fugiram para a Ásia? O grande erro da Alemanha e da França está aqui. Não terem protegido devidamente a agricultura e a indústria europeias, claro que as indústrias do sul tem menos produtividade, menos tecnologia e menos valor acrescentado, mas a prazo vai tocar a toda a indústria europeia.

2º problema

As matérias-primas e o mercado energético, a era dos preços baratos chegou ao fim, e só é possível combater esta realidade com uma moeda não inflacionária.

3º problema

A dívida na civilização ocidental, entraram na loucura do crédito, bolhas de consumo, tudo baseado na indústria financeira e uma economia de construção e serviços, logo não sustentável a prazo. A receita para se alcançar prosperidade económica é, produzir e poupar, e Salazar sabia-o.

4º problema

O enfraquecimento político e da sociedade civil contra maçonarias, organizações secretas, tráficos de influências e grandes multinacionais, acompanhar aqui a história dos Rotschilds (imperdível a leitura)

http://artedeomissao.wordpress.com/2012/06/09/a-historia-dos-rothschild-parte-1/

Já vai em 9 capítulos.


5º problema

A falta de formação e orientação para uma engenharia social, a maior parte das pessoas vive em decomposição de inteligência, mas estão convencidos que são pessoas dinâmicas porque se sentem inseridas em sociedades modernas.