14 junho 2012

estatistas

Várias instituições de solidariedade social na área da saúde reúnem-se hoje em Lisboa para lançar as bases de uma federação e pedir diálogo ao governo (1). Duarte Vilar, director-executivo da Associação para o Planeamento Familiar, e Eugénia Saraiva, presidente da Liga Portuguesa contra a Sida, fazem parte do grupo promotor do encontro, que inclui ainda o Instituto Português de Reumatologia, o Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva e a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal. Áreas diferentes unem-se com um pano de fundo preocupante: ainda não há financiamento previsto para a actividade das 300 IPSS na saúde no próximo ano e algumas já estão em risco de fechar.

1) Pedir diálogo = pedir dinheiro = + Estado

5 comentários:

sampy disse...

Parece que no Instituto da Disfunção Eréctil andam todos de cabeça baixa.
Temem os cortes...

Miguel Montês disse...

Então qual é a solução não estatizante? Acabar com toda e qualquer instituição que receba dinheiro do Estado, independentemente de funcionar ou não melhor (clinica e financeiramente) do que o Estado? Porque é que 'secar' uma IPSS que se substitui ao Estado com resultados francamente positivos é +E?

(Declaração de interesses: sou diabético e seguido há 27 anos na APDP)

sampy disse...

Ó Miguel, substituir-se ao Estado com o dinheiro do Estado, isso até eu.
Mas o problema é outro: O Estado não tem dinheiro. Nem para cuidar de ti, nem para subsidiar quem queira cuidar de ti. Não tem nem terá. Pelo que a única coisa que podes exigir é que o Estado não te roube o pouco dinheiro que ainda tens e te impeça de vez de cuidares de ti próprio.

Miguel Montês disse...

A questão é que tenho sérias dúvidas de que o Estado fizesse o trabalho da APDP sem gastar mais dinheiro. Infelizmente não tenho dados que sustentem esta ideia, apenas o confronto entre a minha situação actual e os tempos em que frequentei a inqualificável consulta externa do Hospital de Santa Maria.
Mas por essa ordem de ideias, a solução não estatizante é acabar com os hospitais públicos? Com os centros de saúde?

sampy disse...

Ó Miguel, a solução é criar um Estado sustentável, que gaste apenas aquilo que tem. E neste momento, o Estado nada tem.
Como chegámos a isto? Já o sabes. Como saímos disto? Se fores crente, dizes: com um milagre; se não, dizes: com uma guerra.