O Papa faz hoje anos, e o "Público" ontem dedicou-lhe quatro páginas. Não para lhe dar os parabéns, mas para o fazer parecer mal. Quem ler a reportagem do "Público" pode ficar com a ideia que desta vez é que é, desta vez é que a Igreja Católica vai acabar.
Mas não é ainda desta. A razão por que o "Público" e outros jornais têm dado tanta importância à Igreja Católica nos últimos tempos é que ela está forte como nunca esteve ao longo dos últimos dois ou três séculos. E o Papa Bento XVI tem sido decisivo neste revigoramento. Ele é o grande doutrinador do catolicismo dos últimos séculos.
Um Igreja Católica forte é muito importante para Portugal. Se se marcar num gráfico, tendo o tempo como abcissas, os pontos mais altos da história de Portugal e os mais baixos, e se se fizer o mesmo em relação à Igreja, conclui-se que eles são coincidentes. A história de Portugal acompanha a par e passo a história da Igreja. Uma Igreja forte e vigorosa significa, a prazo, um Portugal forte e vigoroso.
6 comentários:
Portugal com menos católicos e mais protestantes - DN, hoje
"Há cada vez menos católicos em Portugal e cada vez mais protestantes/evangélicos e Testemunhas de Jeová, revela um estudo do Centro de Estudos de Religiões e Culturas da Universidade Católica Portuguesa."
"Um Igreja Católica forte é muito importante para Portugal. Se se marcar num gráfico, tendo o tempo como abcissas, os pontos mais altos da história de Portugal e os mais baixos, e se se fizer o mesmo em relação à Igreja, conclui-se que eles são coincidentes."
Se entender que um país pode ter um "ponto alto" servindo-se de escravatura, pilhando, roubando território e submetendo os nativos à nossa religião sob pena de morte, então sim, o catolicismo levou-nos ao céu.
Oito em cada dez portugueses são católicos e quase metade vai à missa - Público, hoje
"Desde 1999 até 2011, diminuiu o número de católicos em Portugal (que são agora 79,5%) e aumentou o número de protestantes (incluindo evangélicos) e Testemunhas de Jeová."
A Igreja está sempre a par e passo com o poder e até de mãos dadas. Quando eu era mais jovem, até achava que isso era bom, pois se fossem cometidos excessos, lá estaria a mãe igreja a zelar pelos oprimidos e mais fracos. Hoje, já perdi a ingenuidade.
Er..PA isso é um enorme disparate. Por essa ordem de ideias Portugal teria tido um século XIV decididamente medonho, por exemplo.
"A Igreja está sempre a par e passo com o poder"
Ao longo da história foi o facto da Igreja ser um poder independente e supra-nacional e concorrente do poder político (monopolistas da violência) que contribuiu para o desenvolvimento do Ocidente.
Mesmo nos períodos de relações amenas, o poder secular sempre teve medo e combateu o seu poder mais natural que político, porque observado e praticado pelas populações pela força do espírito e não pela ameaça da força.
Os Estados têm o poder da violência, por isso expropriaram (roubaram) a Igreja por diversas vezes e na modernidade procuram ser os senhores absolutos do direito.
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