Embora eu deseje a melhor sorte ao novo Governo português, não tenho confiança nele. Acho que não vai resolver os problemas da sociedade portuguesa. Os problemas são por demais monstruosos para a sua capacidade.
Eu receio que este governo passe à história como um governo de gestos simbólicos, porque gestos simbólicos foi tudo aquilo que ele produziu até à data. Eis os principais:
A extinção dos governos civis. Trata-se de uma instituição com alguma tradição no país. E aquilo que se poupa com a medida são tostões.
O pior gesto simbólico de todos - o PM passar a viajar em classe económica. Nós agora podemos imaginar o PM a viajar para Bruxelas sentado no banco do meio da classe turística a ler um relatório confidencial, enquanto os mirones do lado vão discretamente deitando um olho àquilo que ele vai a ler. Portugal pode pagar ao seu PM um bilhete de classe executiva e é aí que ele deve viajar.
O célebre imposto sobre o subsídio de Natal. É um gesto duplamente simbólico. Primeiro, porque não era exigido no acordo com a troika, e o governo quis simbolizar que era mais toikista que a própria troika. Segundo, porque em termos financeiros, é realmente simbólico, como expliquei aqui.
Quanto a medidas substanciais, aquelas que fariam a diferença para corrigir a situação económica em que Portugal se encontra, essas vão ser estudadas. Ora, em Portugal, quando se anuncia que alguma coisa vai ser estudada é sinal de que nunca será feita.
Eu receio que este governo passe à história como um governo de gestos simbólicos, porque gestos simbólicos foi tudo aquilo que ele produziu até à data. Eis os principais:
A extinção dos governos civis. Trata-se de uma instituição com alguma tradição no país. E aquilo que se poupa com a medida são tostões.
O pior gesto simbólico de todos - o PM passar a viajar em classe económica. Nós agora podemos imaginar o PM a viajar para Bruxelas sentado no banco do meio da classe turística a ler um relatório confidencial, enquanto os mirones do lado vão discretamente deitando um olho àquilo que ele vai a ler. Portugal pode pagar ao seu PM um bilhete de classe executiva e é aí que ele deve viajar.
O célebre imposto sobre o subsídio de Natal. É um gesto duplamente simbólico. Primeiro, porque não era exigido no acordo com a troika, e o governo quis simbolizar que era mais toikista que a própria troika. Segundo, porque em termos financeiros, é realmente simbólico, como expliquei aqui.
Quanto a medidas substanciais, aquelas que fariam a diferença para corrigir a situação económica em que Portugal se encontra, essas vão ser estudadas. Ora, em Portugal, quando se anuncia que alguma coisa vai ser estudada é sinal de que nunca será feita.
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