26 julho 2011

o grande problema



Imagine-se, ... este engraçadão ... a explicar coisas a Deus!

É preciso pretensão, isto sim, é alienação, explicar coisas a Deus, ainda por cima de política.

O problema - o grande problema - é que a alienação não é só dele. É de toda a cultura a que ele pertence - a cultura do protestantismo -, uma cultura que julga falar com Deus, onde qualquer homem julga que fala com Deus. Mas fala mesmo? Não, não fala. Está a delirar, para utilizar a terminologia do Joaquim.

O ponto é muito mais importante do que à primeira vista pode parecer. O Protestantismo atacou o Catlocismo sob o argumento de que este não era fiel às Escrituras. Quem tem razão neste ponto, quem é fiel às Escrituras, o Protestantismo ou o Catolicismo? Pode o povo - qualquer homem do povo - falar com Deus, como pretende o Protestantismo, ou isso é matéria reservada aos padres, como afirma o Catolicismo?

Lendo o Novo Testamento, o único homem que fala com Deus é Cristo. O povo, nenhum homem do povo, fala com Deus. O povo pede a Cristo muitos milagres e outros favores, e Este, intercedendo junto de Deus, muitas vezes lhos concede. Mas quem fala com Deus é Cristo, não o povo. O povo fala com Cristo que é um Homem (embora também, em parte, Deus).

Na realidade, Cristo, sendo filho de Deus, sendo Ele próprio, em parte, Deus, é o único Homem que tem acesso ao conhecimento e à privacidade de Deus e que, portanto, pode falar com Ele. Está, portanto, errada a tradição protestante. O povo não pode falar com Deus, só pode falar com homens (incluindo Cristo, o Homem). E está, portanto, certa a interpretação católica, que põe o povo a falar com homens - os padres - que são representações de Cristo. Estes, sim, enquanto forem representações fieis de Cristo, é que podem falar com Deus. Mais ninguém.

Sem comentários: