Este fim-de-semana estive a conversar com uma jovem portuguesa de 26 anos que está a fazer um mestrado em Copenhaga, na Dinamarca. Começámos por falar da Universidade e ela disse tudo aquilo que eu esperava. Era tudo muito bem organizado, e os estudos eram levados muito a sério.
Levei depois a conversa para o campo que mais me interessava, perguntando-lhe: "E gostaria de ficar lá a viver?" Ela sorriu e abanou negativamente a cabeça. Ainda não tinha conseguido fazer um único amigo dinamarquês,"Eles olham-nos de cima...", acrescentou. Às quatro e meia já é de noite e cada um fica sozinho em sua casa, parece que já não há mais nada para fazer durante o dia. Contou-me a história daquele português que trabalha em Copenhaga e que há dias encontrou um colega de trabalho no Metro. O colega passou por ele e nem sequer lhe falou. E referiu-me também a história mais deliciosa de todas. Para encorajar as pessoas a falarem umas com as outras, o governo decretou recentemente que nos transportes públicos passariam a existir bancos especiais, aos pares, pintados de cores diferentes, onde só se poderiam sentar pessoas que fossem a falar umas com as outras. Pouco tempo depois revogou a medida, porque ninguém se sentava nesses bancos.
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