A intelligentsia anda por aí a causticar os portugueses sobre os seus gastos de férias, como se fossemos uns inconscientes e até uns anormais. À primeira vista assim parece, mas se aprofundarmos a análise verificamos o contrário.
Imaginemos um casal com dois filhos. Homem e mulher trabalham e a prole está a estudar. Imaginemos que cada um aufere 1.000,00 € /mês (mileuristas). A este valor temos de acrescentar os pagamentos em espécie - a educação, a saúde, a segurança social e os múltiplos subsídios que os portugueses recebem. Em números redondos, esta família vive com cerca de 4.000,00 € /mês.
Ora uma família que dispõe de 4.000,00 /mês não tem 500,00 € para passar um fim-de-semana no Algarve? Por favor! Acresce que no rendimento pago em espécie não é possível qualquer poupança porque o pilim não lhes chega a passar pelas mãos e aí é que está o despesismo.
Os portugueses comportam-se portanto de forma racional. Irracionais são os decisores políticos que endividaram o País para os tais pagamentos em espécie. Nos países socialistas é assim.
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