21 abril 2011

Execução orçamental de Abril

Este mês não farei a minha habitual análise detalhada dos números da execução orçamental (ver aqui a última que escrevi, referente a Março), por uma simples razão: deixou de ser relevante, já que perdemos a oportunidade que nos havia sido concedida pelos nossos credores para, em tempo útil, corrigirmos os desequilíbrios orçamentais. E os juros sobre a nossa dívida pública aí estão a comprová-lo: a dois, cinco e dez anos, exigem-nos agora 11,0%, 11,5% e 9,5%, respectivamente. É uma pena...o Governo português esperou até ao final de Novembro passado para fazer, em cima do joelho, aquilo que outros, como a Espanha, começaram a fazer quase um ano antes.

Ps: Uma nota de rodapé para dar conta da minha indignação quanto às afirmações de altos responsáveis do Governo, a) quando estes se referem à redução do défice, transformando-os em putativos superávites orçamentais que, pura e simplesmente, não existem e; b) quando se referem às reduções de despesa, que, tendo ocorrido, estão, no caso da despesa primária (que é a mais relevante), ainda aquém do previsto no OE 2011...

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