"Mas ele é que sabe o caminho, não ela", escreve o Joaquim no post anterior.
É este o paradigma da virilidade - saber o caminho. Uma mulher é capaz de sonhar mil caminhos, mas nunca escolherá um caminho. Escolher um caminho, saber qual é o caminho (que é normalmente um dos mil caminhos sugeridos por ela), é um atributo distintamente masculino.
Entretanto, um meu post anterior deu lugar a uma discussão acerca da relação entre a virilidade e o sexo. No entendimento popular virilidade está associada a potência sexual masculina e à intensidade e frequência da vida sexual de um homem.
É um erro que já deixei claro na minha afirmação anterior segundo a qual o Papa (e, genericamente, um padre) é o símbolo da virilidade da nossa cultura. Aqui está um homem que é um símbolo de virilidade e não tem sexo.
Existe, de facto, uma relação entre virilidade e sexo, mas é inversa, e pode enunciar-se assim: em geral, um homem é tanto mais viril quanto menos sexo tiver. Porque a função do sexo, e de uma mulher, é precisamente a de retirar a virilidade ao homem. Nunca um homem se parece tanto com uma mulher como depois de ter sexo com ela. Aqueles homens que ambicionam - e às vezes se gabam - de ter sexo a toda a hora são profundamente efeminados, porque além de ambicionarem uma capacidade que é exclusivamente feminina - a de ter sexo a toda a hora - são homens sem virilidade nenhuma.
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