"O novo modelo de ajuda que a União Europeia está a negociar e que deverá estar aprovado no Verão só se aplica a depois de 2013. Além de continuar a incluir o FMI no processo de ajuda (o que choca alguns europeístas, que nisso veêm uma submissão da Comissão Europeia), nesta forma vingará a posição alemã de que os privados também perderão dinheiro, não apenas os Estados. Se um país como Portugal entrar em incumprimento os investidores e instituições financeiras que tiverem emprestado dinheiro vão ter de perder algum. Ou seja, haverá (...) 'reestruturações de dívida', ou 'haircuts', expressões que querem dizer uma coisa: perdões de dívida (...) Neste momento, Portugal está quase fora do mercado. Tem sido financiado por golfejos do Banco Central Europeu, em parte através dos próprios bancos portugueses. Criou-se assim um paradoxo: os bancos portugueses são penalizados por serem...portugueses e por terem dívida....portuguesa. Isso não faz deles vítimas das circunstâncias. Mas este é o atestado de que até para os nossos bancos a dívida do Estado se está a tornar um activo tóxico. Ou se preferir, activos quase 'junk': lixo.", Pedro Santos Guerreiro, Jornal de Negócios de hoje (página 3)
"De acordo com os termos do Mecanismo Europeu de Estabilização (ESM) os países que decidam pedir ajuda financeira vão ter primeiro que reestruturar a sua dívida e as novas regras determinam que o Fundo terá um estatuto preferencial de credor sobre os investidores privados. Estas duas características são prejudiciais para os credores privados e representam uma grande diferença face ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF)", Diário Económico de hoje (página 5).
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