Em Agosto do ano passado afirmei aqui no PC que os seres humanos estão dispostos a sacrificar a própria vida pelo bem comum, pelo colectivo. Para ilustrar a minha tese até propus uma “experiência mental à Nozick”, que o Miguel Botelho Moniz aproveitou, com muita graça, para alertar para os perigos de deduzir princípios gerais das chamadas lifeboat situations.
A verdade é que a realidade nos confronta muitas vezes com situações extremas e a tragédia na central nuclear de Fukushima, que se está a desenrolar perante os nossos olhos, é uma dessas situações. Os 50 trabalhadores da central que permanecem no seu interior estão dispostos a dar a vida pelo seus concidadãos, demonstrando a minha tese de que os seres humanos estão geneticamente predispostos a sacrificar os seus interesses pessoais ao tal Bem Comum.
O sucesso da espécie, reafirmo, é o fim último da nossa existência.
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