24 agosto 2010

o Bem Comum


A resposta a esta “experiência mental” é muito simples. Os seres humanos estão dispostos a sacrificar a própria vida pela espécie. Consideradas as alternativas que são (1) a sobrevivência isolada de um único indivíduo ou (2) a sobrevivência da humanidade com o sacrifício desse mesmo indivíduo, estamos inclinados (programados ?) a optar pelo segundo cenário, mesmo que isso nos custe a vida.
O colectivo tem primazia sobre cada indivíduo. Não só em termos biológicos, mas também em termos sociais e políticos. Qualquer ética tem de respeitar este princípio, sob pena de ser contranatura, contrária à natureza humana.
Analisemos o problema em termos biológicos. Que perspectivas teria um indivíduo sozinho na Terra? Não se poderia reproduzir, a sua vida inevitavelmente chegaria ao fim e, com a sua morte, desapareceriam para sempre os genes do Homo Sapiens.
Pelo contrário, o sacrifício de um indivíduo pouco afecta a reserva genética da espécie. A Vida continuaria praticamente inalterada e os sobreviventes continuariam a transportar os genes que partilhavam com a pessoa sacrificada.
O cenário 1 corresponde à morte da espécie, o cenário 2 corresponde à “imortalidade” (os genes são imortais). As opções éticas que nos assegurem a imortalidade representam o Bem Comum.

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