A Igreja Católica tem sido um dos últimos bastiões de resistência a uma agenda política que pretende desvalorizar a família, promover o aborto a pedido, equiparar as uniões de homossexuais a matrimónios heterossexuais, aceitar a eutanásia, promover o ateísmo militante e, em última instância conformar o indivíduo a uma visão materialista do mundo, que nos afasta do nosso fim último – Deus.
Assim sendo, quando alguém desfere um ataque viperino contra o chefe supremo da Igreja Católica, o Papa, é legítimo, e até necessário, avaliar o carácter do protagonista desse ataque. Se o ataque provém de um homossexual, com certeza que essa informação é relevante devido à postura da Igreja em relação aos homossexuais. Se o protagonista do ataque é um portador do vírus da SIDA que é conhecido por angariar, publicamente, parceiros para relações sexuais sem protecção, é legítimo usar essa informação porque um escroque dessa natureza não tem credibilidade. Por fim, se o autor é um difamador encartado e notório, é absolutamente legítimo usar essa informação.
Chama-se a isto contextualizar. Nos países protestantes é normal contextualizar as afirmações de figuras públicas, para neutralizar a hipérbole e anular figuras de retórica que procuram iludir a verdade. É por isso que o Times publica artigos deste género, os leitores sabem dar-lhes um desconto. O Francisco do 31 da Armada não sabe.
Era só o que faltava que num País Católico, como Portugal, déssemos ouvidos a um ser humano desprezível, que insulta figuras que veneramos, sem que lhe pudéssemos por os pontos nos is.
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