O exemplo de um país nascido puramente liberal, herdeiro do liberalismo anglo-saxónico puro, e portanto profundamente anti-católico, é o dos EUA. Na altura da sua fundação, o catolicismo estava proibido na maior parte dos estados americanos, e o socialismo nem sequer existia. Apenas um dos subscritores da Declaração de Independência americana era católico.
A Declaração de Independência foi menos uma reacção aos impostos sobre a importação de chá na América decretados pelo Governo britânico, e mais uma reacção de horror à passagem pelo Parlamento inglês do chamado Quebec Act, que autorizava a prática do catolicismo no Québec (hoje, Província do Canadá), e o receio de o ver estendido às outras colónias inglesas da América do Norte.
Hoje o catolicismo representa a maior denominação religiosa nos EUA - cerca de 25% da população adulta é católica - exercendo a sua misteriosa força moderadora ou de equilíbrio. Um país protestante e poderoso é um perigo para o mundo, como a Alemanha demonstrou ser no século passado - é capaz de esmagar tudo o que lhe aparece pela frente e se lhe opõe. Falta-lhe a força da gravidade que puxa o pêndulo para a posição de equilíbrio - a Igreja Católica.
Como recentemente se viu. Depois dos excessos de agressividade da Administração Bush, apoiada na religiosidade protestante e na intelectualidade judaica do Partido Republicano, sucedeu-lhe um homem mais moderado, Barack Obama, do Partido Democrático. E os votos no Partido Democrático são, em primeiro lugar, votos católicos. (ver também aqui)
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