À medida que estudo a tradição da Igreja Católica, e a comparo com o pensamento protestante, especialmente na área das chamadas ciências sociais, com o a economia, a sociologia e a política, tenho-me às vezes deparado com paradoxos ou mistérios, cuja explicação racional, a existir, me deixa perplexo.
Refiro-me a um mistério relativo aos Estados Unidos da América, sugerido pela leitura de uma biografia de Hilaire Belloc. Os EUA foram fundados por protestantes, sobretudo anglicanos e baptistas. Po outro lado, a arquitectura política dos EUA é uma obra-prima de estabilidade e de equilíbrio - e o equilíbrio é a essência da Igreja Católica, não do protestantismo, o qual é bastante dado a excessos.
A questão que se coloca é, então, a seguinte. Onde é que os pais fundadores americanos foram buscar aquele modelo de governação? Certamente que não a Inglaterra, na medida em que fundaram uma república, em que o chefe de estado não é hereditário, e não uma monarquia, como a inglesa. Primeira semelhança: o Papa também não é hereditário.
Porém, a semelhança mais importante é outra. A organização governativa dos EUA está baseada numa estrutura que compreende três níveis, que vão desde o local, ao regional e, finalmente, ao nacional, e cada nível é presidido por um homem possuindo amplos poderes - mayor, governor e president. Mas este é exactamente o modelo de governação da Igreja Católica, três níveis, do mais restrito para o mais amplo, e cada nível presidido por um homem dispondo de amplos poderes - padre, bispo e Papa.
Repare-se também que para chegar a presidente dos EUA um homem tem de passar por uma fieira apertada de escrutínios até se apresentar à votação final. O mesmo acontece com o Papa, também ele passa por uma fieira apertada de escrutínios até ser cardeal e se tornar elegível.
Refiro-me a um mistério relativo aos Estados Unidos da América, sugerido pela leitura de uma biografia de Hilaire Belloc. Os EUA foram fundados por protestantes, sobretudo anglicanos e baptistas. Po outro lado, a arquitectura política dos EUA é uma obra-prima de estabilidade e de equilíbrio - e o equilíbrio é a essência da Igreja Católica, não do protestantismo, o qual é bastante dado a excessos.
A questão que se coloca é, então, a seguinte. Onde é que os pais fundadores americanos foram buscar aquele modelo de governação? Certamente que não a Inglaterra, na medida em que fundaram uma república, em que o chefe de estado não é hereditário, e não uma monarquia, como a inglesa. Primeira semelhança: o Papa também não é hereditário.
Porém, a semelhança mais importante é outra. A organização governativa dos EUA está baseada numa estrutura que compreende três níveis, que vão desde o local, ao regional e, finalmente, ao nacional, e cada nível é presidido por um homem possuindo amplos poderes - mayor, governor e president. Mas este é exactamente o modelo de governação da Igreja Católica, três níveis, do mais restrito para o mais amplo, e cada nível presidido por um homem dispondo de amplos poderes - padre, bispo e Papa.
Repare-se também que para chegar a presidente dos EUA um homem tem de passar por uma fieira apertada de escrutínios até se apresentar à votação final. O mesmo acontece com o Papa, também ele passa por uma fieira apertada de escrutínios até ser cardeal e se tornar elegível.
Ocorre-me ainda outra semelhança. Os pais fundadores dos EUA separaram o Estado da Igreja, e Alexis de Tocqueville, ainda hoje talvez o mais arguto observador da realidade americana, considerava esta separação a chave do sucesso da democracia na América. Ora, esta é uma ideia católica ("A César o que é de César..."), e não certamente herdada da Inglaterra protestante, onde o poderes temporal e espiritual estavam já reunidos na pessoa do soberano, como ainda hoje sucede.
E como me fez notar o Joaquim, o Supremo Tribunal dos EUA é quase uma cúria cardinalícia.
Que eles copiaram ... copiaram. Enfim, como dizia o Chesterton, aquilo que de melhor existe no protestantismo é aquilo que ele guardou do catolicismo.
Que eles copiaram ... copiaram. Enfim, como dizia o Chesterton, aquilo que de melhor existe no protestantismo é aquilo que ele guardou do catolicismo.
Sem comentários:
Enviar um comentário