Eu estou convencido que o regime de democracia-liberal está falido. Em lugar de se tornar universal, como previa Fukuyama há vinte anos atrás no ensaio "O Fim da História", vai ter de ser drasticamente alterado ao ponto de se tornar irreconhecível. São duas as instituições centrais da democracia-liberal - o Estado democrático e o Mercado.
As pessoas vivem hoje esmagadas entre o Estado e o Mercado. Ainda ontem em Portugal sofreram mais um apertãozinho do Estado, através do PEC, e todos os dias sofrem apertões do Mercado, indo para o desemprego. O Estado e o Mercado, tal como existem em Portugal e em vários países do mundo, são duas exagerações - as exagerações do socialismo e do liberalismo, respectivamente.
Na minha opinião a única saída está na doutrina católica. É a única realista, as outras são idealistas. É a única que aceita a realidade tal como ela é e procura encontrar soluções equilibradas, e portanto viáveis, para os problemas das pessoas. As outras, pelo contrário, não aceitam a realidade tal como ela é, antes como gostariam que ela fosse. Exageram tudo e os resultados estão à vista. Há muito que eu perdi as ilusões com o debate "Tira Estado, mete Mercado" ou "Tira Mercado, mete Estado" entre liberais e socialistas.
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