02 março 2010

O 14º mês


A Grécia está a ser empurrada no sentido de adoptar a solução evidente e aquela que é necessária: a redução dos salários da sua Função Pública. Em Portugal, mais cedo ou mais tarde, seremos forçados a fazer o mesmo. Aliás, é curioso ler a imprensa internacional acerca do 14º mês. Nas últimas duas semanas, quase todos os jornais e revistas relevantes, pelo menos entre as que eu leio, se referem, com alguma perplexidade, à existência de 14 vencimentos mensais quando o ano apenas tem 12 meses...

Assim, é natural que a Grécia seja forçada a abdicar do 14º, e talvez até do 13º mês, o que corresponderá à redução nominal dos salários da Função Pública em 8 a 15%, respectivamente. Em suma, farão o mesmo que a Irlanda fez. E o mesmo que nós, por cá, também precisamos de fazer. Não tenhamos dúvidas: os números não mentem e a evolução dos custos unitários do trabalho em Portugal, face aos nossos parceiros no euro desde a sua introdução, também não. Por isso, não há que inventar a roda, ou pensar que somos diferentes. Não somos.

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