03 março 2010

Imigração


O tema da Imigração é, na minha opinião, um dos mais interessantes assuntos da actualidade. Neste blogue, já, por diversas vezes, expressei a minha antipatia pelos imigrantes estrangeiros que, em Portugal, são apanhados em actividades criminosas e a minha profunda incompreensão pela condescendência com que são tratados pela Justiça portuguesa. Bem sei que esta é uma posição politicamente incorrecta, porém, nada tem de radical ou de extremista. Trata-se, somente, de exigir deveres àqueles que o país acolhe.

Com o desemprego a aumentar, torna-se ainda mais importante adoptar uma política de imigração adequada, pois, se esta não existir - e se isto se tornar numa bandalheira - o risco é uma onda de populismo e discriminação generalizada contra os estrangeiros. Nesse sentido, Portugal, e a Europa em geral, tem muito a aprender com outros países. De acordo com a revista Newsweek (edição de 1/03/2010), nos últimos anos, a Europa recebeu 85% da imigração não qualificada (sem formação superior) de todo o mundo e apenas 5% de todo o universo de imigrantes qualificados. Pelo contrário, os Estados Unidos receberam 55% dos qualificados. Os números são avassaladores e têm uma razão de ser: a Europa, devido à generosidade da sua Segurança Social, é mais apelativa que os Estados Unidos, em particular entre os não qualificados. E, depois, há um outro elemento que também ajuda a explicar a diferença: nos EUA o controlo da imigração é muito mais eficaz que nos países europeus.

Assim, em Portugal, o que fazer? Em primeiro lugar, assumir que temos de seduzir novos imigrantes, pois, também de acordo com a Newsweek, em face dos desequilíbrios demográficos, a Europa necessitará de 20 milhões de novos imigrantes qualificados até 2030 apenas para manter o mesmo ritmo de crescimento do PIB. Portanto, devemos acolher pessoas de outros países - e de outras culturas - que possam acrescentar valor. Quanto aos demais, fenómeno particularmente inquietante em Portugal, nomeadamente nos arredores da Grande Lisboa, por mais desumano que possa parecer, é crucial adoptar medidas duras que, por um lado, conduzam à qualificação e integração dessas pessoas na nossa sociedade ou, por outro lado, que conduzam ao repatriamento para os seus países de origem.

Enfim, só assim se conseguirá manter a coesão da sociedade nestes momentos difíceis que atravessamos, e que, eu acredito, se irão agravar, libertando, ainda, a sociedade de gente sanguessuga que nada acrescenta e que, pelo contrário, apenas corrói.

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