Os salários em Portugal têm de ser mais elevados do que no resto da união. Esta afirmação, que numa primeira leitura parece completamente disparatada, é a conclusão lógica da aplicação de alguns princípios elementares de economia. A lei da oferta e da procura e o chamado equilíbrio do mercado.
Como estamos num mercado único, a UE, com perfeita liberdade de circulação de pessoas e de bens, os trabalhadores deslocam-se para os países que lhes oferecem melhores condições de trabalho e de remuneração. Portugal, para reter a sua força de trabalho mais dinâmica, tem de pagar um prémio.
Isto está a acontecer com médicos, enfermeiros, engenheiros, mas também com pessoas indiferenciadas que preferem o salário mínimo alemão ao português. Os chamados custos de contexto, de que Cadilhe tanto falou, também se aplicam às pessoas.
O futuro da nossa economia depende de empresas que criem valor acrescentado suficiente para suportarem o prémio que têm de pagar aos trabalhadores.
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