19 janeiro 2010

o congresso do psd


O Congresso do PSD não servirá para discutir ideias, programas ou projectos para o país, nem nenhuma dessas coisas de que os partidos não se interessam e os políticos não querem saber. Será – ou não - apenas e só um ritual de afirmação e dominância de alguém que se espera venha a chefiar a agremiação, e que pacifique e domine os bandos que há muitos anos saqueiam o património laranja. Se os feudos em que o partido está dividido e os baronetes que os dominam se atemorizarem com o novo chefe e o aceitarem por temor ou prudência, como sucedeu, em tempos, com Sá Carneiro, Cavaco e até com Barroso, o PSD voltará a existir. Se não aparecer ninguém capaz de domesticar a trupe e os incontáveis vândalos que a compõem, o PSD arrisca a extinção.

Entretanto, esperar que isto se faça sem exposição pública e mediática, fabricando um “líder” numa eleição sombria, manietada pelos caciques e pelo aparelho, com os "eleitores" arregimentados em secções de bombeiros voluntários, é inverter a ordem natural das coisas e fazer sentar o aparelho em cima do novo “líder”, em vez do inverso, como é desejável.

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