Martim Avilez de Figueiredo escreve hoje, no Editorial do i, que “Há momentos na vida de um país em que é preciso pôr travões a fundo a quem manda. Para isso, é indispensável que os portugueses se insurjam.” Parece que o editorialista não reparou que houve eleições legislativas no passado dia 27 de Setembro, e que era essa a ocasião adequada para o “país” “pôr travões a fundo a quem manda” e para os portugueses se “insurgirem” contra a situação em que se encontra o seu país. Ora, acontece que não só se não insurgiram, como renovaram a confiança em quem os tem governado, ainda que, é certo, de forma menos entusiástica do que no acto eleitoral anterior. Fizeram-no por uma de três razões: ou porque gostam do governo de Sócrates; ou porque não viram alternativa para ele; ou por serem masoquistas. Cada um que escolha a resposta que melhor lhe convier e retire as conclusões que entender.
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