09 setembro 2009

a esquerda e a liberdade II

As ideologias de esquerda substituíram a religião. Muitos autores têm diagnosticado o carácter religioso do Marxismo, com a sua esperança num mundo melhor que inevitavelmente vai chegar, com a realização do Bem Comum e dos ideais de paz e felicidade para todos.
Tal como quase todas as outras religiões, o Marxismo também tem os seu profetas e os seus evangelhos, as suas liturgias e o seu ódio de estimação às religiões concorrentes. Tal como as outras religiões, o Marxismo também exige renúncia aos devotos e sacrifica os meios aos fins, que se impõem pela sua natureza transcendental.
Quando li este artigo da Camille Paglia, sobre a deriva anti-liberdade da esquerda norte-americana, interessou-me o parágrafo sobre a “cultura de realização secular individual”. Paglia espanta-se pela dissonância entre este individualismo extremado e a crença na capacidade do Estado para resolver os nossos problemas.
A mim não me espanta nada. É precisamente o secularismo que abre a porta à fé noutras “religiões”, chamem-se elas Marxismo, Trotskismo, Maoismo ou Ecologismo. A alegada morte de Deus devolveu-nos ao politeísmo, com os seus deuses menores, autoritários e caprichosos.
De todas estas "novas religiões", o Ecologismo tornou-se na mais perigosa, mas esse será tema para outro post.

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