Pedro Passos Coelho perdeu, ao longo dos últimos meses, uma oportunidade de ouro para se afirmar, ao seu partido e ao país, como o líder de um projecto alternativo para o PSD e para um futuro governo de Portugal. Alternativo ao governo socialista e ao cinzentismo ideológico e programático dos últimos anos do PSD.
Quando Passos avançou para a disputa da liderança social-democrata apresentou um conjunto de ideias de mérito e um certo despreendimento da política partidária, que em nada se confundiam com o caminho percorrido pelo PSD actual. Devia, por isso, ter há muito esclarecido a sua posição perante a liderança de Manuela Ferreira Leite, e reafirmado a sua alternativa, demarcando-se dela.
Em vez disso, Passos preferiu calar-se após a vitória das europeias, para que não o acusassem de divisionismo e de estar a prejudicar os resultados eleitorais das legislativas. Em vez de reafirmar o que podia oferecer ao PSD e ao país, preferiu o consenso da paz podre. Caiu também no tacticismo de aguardar a composição das listas de deputados, das quais se deveria ter excluído muito cedo, em vez de se deixar correr pela Direcção em exercício como se despedia antigamente as velhas empregadas domésticas de província.
Passos Coelho falou tarde e mal, já depois de saber que não faria parte de umas listas onde verdadeiramente nunca deveria ter admitido vir a estar. Parece ter reagido por despeito e não por se não identificar com o momento actual do partido. Não servirá, assim, para protagonizar o momento que inevitavelmente se seguirá ao actual.
Quando Passos avançou para a disputa da liderança social-democrata apresentou um conjunto de ideias de mérito e um certo despreendimento da política partidária, que em nada se confundiam com o caminho percorrido pelo PSD actual. Devia, por isso, ter há muito esclarecido a sua posição perante a liderança de Manuela Ferreira Leite, e reafirmado a sua alternativa, demarcando-se dela.
Em vez disso, Passos preferiu calar-se após a vitória das europeias, para que não o acusassem de divisionismo e de estar a prejudicar os resultados eleitorais das legislativas. Em vez de reafirmar o que podia oferecer ao PSD e ao país, preferiu o consenso da paz podre. Caiu também no tacticismo de aguardar a composição das listas de deputados, das quais se deveria ter excluído muito cedo, em vez de se deixar correr pela Direcção em exercício como se despedia antigamente as velhas empregadas domésticas de província.
Passos Coelho falou tarde e mal, já depois de saber que não faria parte de umas listas onde verdadeiramente nunca deveria ter admitido vir a estar. Parece ter reagido por despeito e não por se não identificar com o momento actual do partido. Não servirá, assim, para protagonizar o momento que inevitavelmente se seguirá ao actual.
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