18 julho 2009

timing

O segundo momento (ver aqui o primeiro) surge depois de um conhecimento prolongado. Desenvolve-se cumplicidade, confiança mútua, interesse e surge a oportunidade.
O predador profissional deve planear todos os seus movimentos com bastante antecedência. Em particular não deve ser fossangão, nem pinga-amor, as garinas detestam esses comportamentos. Qualquer gaja que “rebente de boa” tem centenas de tipos a quererem cheirar-lhes os entrefolhos e se o artista se mostrar demasiado interessado, não vai lá.
Um amigo meu, com bastante rodagem, repete sempre que “a mulher é como a sombra, quanto mais a perseguimos...”. É um conselho sábio, obrigado companheiro.
O melhor é dar um pouco nas vistas, arrastar a asa às fêmeas concorrentes, criar algum mistério, exibir sinais de bom gosto e deixar “o capuchinho vermelho vir comer às mãos do lobo mau”. A fêmea deve pensar que a iniciativa foi dela. Desse modo, o sentimento de pecado estimula-lhe os sentidos e a experiência torna-se mais “placentera” para ambos os contendores.
Chegado o momento crítico, o predador deve desferir um ataque rápido e arrojado, cravando os dentes na vítima até esta soçobrar. A fêmea só se considera possuída se tiver ocorrido congresso carnal, tudo o resto são veleidades.
O planeamento, sublinho, é muito importante porque uma oportunidade perdida, caros amigos, quase nunca se volta a repetir.

Sem comentários: