Uma das características culturais mais curiosas das pessoas nascidas e criadas num país de influência exclusivamente católica é o facto de elas terem opinião sobre tudo o que há no mundo - opinião que normalmente elas possuem, não baseada na observação ou no estudo, mas porque alguém lhes disse.
Esta característica é uma consequência directa do carácter católico (do grego, universal) da sua cultura. Não é possível a uma pessoa ser parte de uma cultura universal e não saber acerca de tudo aquilo que vai pelo mundo. Não apenas saber, mas ter uma opinião firme e peremptória acerca de tudo o que se passa no mundo. Desnecessário será acrescentar que a maior parte destas opiniões não passam de meros preconceitos ou ideias feitas.
Daqui resultam duas consequências que têm sido observadas nos países católicos, sobretudo entre os seus intelectuais. A primeira é a de que eles são capazes de se embrenhar na mais acesa discussão acerca, digamos, das violações dos direitos humanos que estão a ocorrer em algum país situado do outro lado do mundo, ao mesmo tempo que não ligam nenhuma às violações dos direitos humanos que na mesma altura estão a ocorrer no seu próprio país. São capazes de denunciar o mau funcionamento da democracia e da justiça em qualquer país do outro lado do mundo, mas incapazes de contribuir para o bom funcionamento da democracia e da justiça no seu próprio país. Os males e os vícios da humanidade parecem estar sempre concentrados do outro lado do mundo, nunca no seu próprio país e se, por mero acaso, alguns também existem no seu país, a culpa não é deles nem eles se sentem responzabilizadas para os curar.
A segunda consequência foi notada por Ortega y Gasset. Uma cultura universal como a católica, que é suposta ter tudo aquilo que existe no mundo e saber acerca de tudo aquilo que se passa no mundo, fica naturalmente ofendida perante uma novidade que surja em alguma outra parte do mundo. Para esta cultura, a inovação é uma ofensa: Como é possível que um país distante tenha inventado alguma coisa que nós nem sequer conhecíamos? Não pode ser. A reacção imediata é então a de imitar prontamente qualquer gadget que tenha aparecido em outro lugar do mundo e trazê-la para Portugal. Daqui resulta a a propensão dos países católicos para a imitação. Imitam tudo o que aparece no estrangeiro, porque uma cultura universal não pode olhar-se a si própria, e ainda assim manter algum orgulho, se não tiver no seu seio tudo aquilo que existe no mundo.
Esta característica é uma consequência directa do carácter católico (do grego, universal) da sua cultura. Não é possível a uma pessoa ser parte de uma cultura universal e não saber acerca de tudo aquilo que vai pelo mundo. Não apenas saber, mas ter uma opinião firme e peremptória acerca de tudo o que se passa no mundo. Desnecessário será acrescentar que a maior parte destas opiniões não passam de meros preconceitos ou ideias feitas.
Daqui resultam duas consequências que têm sido observadas nos países católicos, sobretudo entre os seus intelectuais. A primeira é a de que eles são capazes de se embrenhar na mais acesa discussão acerca, digamos, das violações dos direitos humanos que estão a ocorrer em algum país situado do outro lado do mundo, ao mesmo tempo que não ligam nenhuma às violações dos direitos humanos que na mesma altura estão a ocorrer no seu próprio país. São capazes de denunciar o mau funcionamento da democracia e da justiça em qualquer país do outro lado do mundo, mas incapazes de contribuir para o bom funcionamento da democracia e da justiça no seu próprio país. Os males e os vícios da humanidade parecem estar sempre concentrados do outro lado do mundo, nunca no seu próprio país e se, por mero acaso, alguns também existem no seu país, a culpa não é deles nem eles se sentem responzabilizadas para os curar.
A segunda consequência foi notada por Ortega y Gasset. Uma cultura universal como a católica, que é suposta ter tudo aquilo que existe no mundo e saber acerca de tudo aquilo que se passa no mundo, fica naturalmente ofendida perante uma novidade que surja em alguma outra parte do mundo. Para esta cultura, a inovação é uma ofensa: Como é possível que um país distante tenha inventado alguma coisa que nós nem sequer conhecíamos? Não pode ser. A reacção imediata é então a de imitar prontamente qualquer gadget que tenha aparecido em outro lugar do mundo e trazê-la para Portugal. Daqui resulta a a propensão dos países católicos para a imitação. Imitam tudo o que aparece no estrangeiro, porque uma cultura universal não pode olhar-se a si própria, e ainda assim manter algum orgulho, se não tiver no seu seio tudo aquilo que existe no mundo.
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