Se o Lawrence Harrison fosse português, esta pequena história que ele contou em jeito de anedota, seria suficiente para arruinar a sua reputação profissional e académica (ver a caixa de comentários e os esforços de repôr a verdade que vão desde considerações estratégicas até à Invencível Armada, passando pelo D. Nuno Álvares Pereira): "Então este burro (seria assim que ele seria tratado) não sabe que a marinha portuguesa nunca conseguiu juntar 100 navios de guerra?"
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Trata-se de uma manifestação da ideia de perfectibilidade (referida aqui), tal como é entendida nas culturas resistentes ao desenvolvimento ("se não é perfeito, é mau") , como a portuguesa. Qualquer pequeno detalhe é usado para arruinar o autor e a sua obra (o número de barcos portugueses - cem - é irrelevante, excepto em termos relativos face ao espanhóis, para ilustrar a moralidade da história - a humanidade, o pragmatismo e a flexibilidade dos portugueses.). A criatividade, a grande ideia ou tese, não vence nesta cultura porque é ofuscada pela inexactidão real ou imaginária de um qualquer detalhe sem importância. A sua cultura não permitindo a criatividade, os portugueses imitam, e têm horror a quem seja criativo. Intelectualmente são, de facto, muito fechados. É um dos grandes onus da cultura portuguesa - os portugueses ficam agarrados aos detalhes e esquecem o principal.
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Resta acrescentar que mesmo não sabendo que a marinha portuguesa nunca teve 100 barcos de guerra juntos, Harrison fez uma excelente carreira profissional e académica. Nos EUA, bem entendido.
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Trata-se de uma manifestação da ideia de perfectibilidade (referida aqui), tal como é entendida nas culturas resistentes ao desenvolvimento ("se não é perfeito, é mau") , como a portuguesa. Qualquer pequeno detalhe é usado para arruinar o autor e a sua obra (o número de barcos portugueses - cem - é irrelevante, excepto em termos relativos face ao espanhóis, para ilustrar a moralidade da história - a humanidade, o pragmatismo e a flexibilidade dos portugueses.). A criatividade, a grande ideia ou tese, não vence nesta cultura porque é ofuscada pela inexactidão real ou imaginária de um qualquer detalhe sem importância. A sua cultura não permitindo a criatividade, os portugueses imitam, e têm horror a quem seja criativo. Intelectualmente são, de facto, muito fechados. É um dos grandes onus da cultura portuguesa - os portugueses ficam agarrados aos detalhes e esquecem o principal.
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Resta acrescentar que mesmo não sabendo que a marinha portuguesa nunca teve 100 barcos de guerra juntos, Harrison fez uma excelente carreira profissional e académica. Nos EUA, bem entendido.
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