Professor Doutor, não hesito em afirmar: que belo texto!! [aqui] Eu sei que poderá haver um "mas...", que poderá haver um "porém...", um esforço do católico, que o senhor é, e mais que isso, do defensor da "cultura católica", para demonstrar que apesar do que escreveu neste post, a "cultura católica" ainda pode ser superior à "cultura protestante", etc e tal.
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Mas até lá, fico com a impressão inicial: belo texto!Sou nascido e criado num país católico, talvez hoje menos católico que no passado, mas ainda assim católico, profundamente católico. Sou de família católica, e fui batizado na ICAR. Mas tornei-me protestante, tornei-me metodista, e fui trabalhar e residir para a América. Que choque eu tive! Que desmoronamento de idéias de tolices pré-concebidas, de baixos ressentimentos e de mesquinharias pelo que não se conhece, certamente vícios que assaltam a juventude num país latino-americano, terceiromundista e emporcalhado de marxismo até à medula dos ossos.
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Mas ver o cristianismo em funcionamento na América, participar do "modo americano" de ser cristão, e constatar que o povo americano tem Jesus no coração, de uma tal forma que os brasileiros (e os portugueses) sequer suspeitam, foi, posso afirmar com convicção, a maior iluminação intelectual - sim, intelectual - que tive em minha vida até o momento.E as razões, acrescidas de algumas outras, são precisamente essas que o senhor expôs com brilhantismo: a ICAR tem o foco no rito, na liturgia, na ordem, no domínio hierárquico, nas aparências, no enfeitiçamento dos sentidos, na sujeição cega de seus fiéis, pois tem como primeira de suas aspirações a política, o domínio e a primazia no mundo temporal.
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Os protestantes - no geral, comportando exceções, é claro - tem o foco no Evengelho, na Palavra, na Pregação do Cristo, e nos grandes ideais do cristiniamo: caridade, amor ao próximo, compaixão, as boas obras, a evangelização, porque a Justificação não é perante o mundo, mas perante o Reino de Deus. Daí que os protestantes tenham em tal alta conta aquelas restrições de ordem moral em seu proceder, para as quais os católicos dedicam o mais absoluto desprezo.
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Enfim, belo texto, Professor Doutor. Eu o compreendi perfeitamente, natural de país católico, e depois protestante entre protestantes.Mas, por favor, não transforme esse belo diagnóstico e mais um receituário equivocado. Mutilar a liberdade dos portugueses não os fará mais cristãos, se é que me entende...Um grande abraço.
LG
Anonymous 06.22.09 - 3:05 pm #
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