Eu gostaria de dar uma contribuição ao post anterior do Joaquim. Primeiro, para especificar que a sua tese se aplica aos académicos de cultura protestante, mas não aos de cultura católica, já que estes são repetidores de ideias feitas, e não põem nada em causa. Pelo contrário, são a classe mais conservadora da sociedade.
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É na cultura protestante, como expliquei aqui, que os académicos têm o papel de agitadores. Kant, às vezes chamado o filósofo do protestantismo, é o intelectual por excelência representante desta cultura, e também o exemplo típico do decadentismo a que alude o Joaquim.
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A sua filosofia recomenda que tudo seja submetido ao escrutínio da razão, isto é, que tudo na vida seja posto em causa, tornando a vida impossível a qualquer ser humano, como salienta o Joaquim. Se a humanidade estivesse à espera dele ou das suas recomendações para se repoduzir bem iria esperar. Fugia das mulheres a sete pés, ocasionalmente, tinha uma ou outra cena de ciúmes, mas o alvo eram rapazes. Considerava que a ejaculação, tal como a transpiração, era um desperdício de energia, e que a acumulação de espermatozóides aumentava a racionalidade.
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A sua homossexualidade reprimida (como não podia ser de outro modo na altura) levou-o à sua célebre teoria do conhecimento e à distinção entre o fenómeno (as coisas tal como são apreendidas pela razão - as aparências) e o numeno (as coisas em si - a realidade), uma distinção que se aplicava em primeiro lugar a si próprio - existia o Kant fenomenal (straight) e o Kant numenal (gay).
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