O dia de ontem ficou marcado pela audiência realizada pelos deputados da Assembleia da República ao antigo presidente executivo do BPN, Oliveira e Costa, a propósito da falência do banco. A sessão prometia ser reveladora. E em certo sentido foi.
A imprensa de hoje, primeiro ponto, relata com grande entusiasmo que Oliveira e Costa desmentiu Dias Loureiro. Segundo ponto, o enigmático Joaquim Coimbra, aquele que numa ocasião anterior, perante os mesmos deputados, afirmou estar convencido de que a falta do BI (Banco Insular) correspondia a algum Bilhete de Identidade (BI) em falta - santa ingenuidade! -, agora descrito como o alegado mentor e estratega maquiavélico de uma cabala destinada a destituir o próprio Oliveira e Costa. E, por fim, terceiro ponto, Miguel Cadilhe, que voltou ao centro das atenções, alegadamente como o coveiro oficial do BPN.
Bem, a minha opinião é a seguinte: 1) a posição de Dias Loureiro é insustentável, mas já é insustentável desde a sua primeira audiência no Parlamento; 2) não compreendo como é que Joaquim Coimbra alega nunca ter estado a par do BI e; 3) foi a acção de Miguel Cadilhe que, mal tomou posse como novo presidente executivo do banco denunciou as irregularidades anteriores à PJ, acabou por despoletar o colapso do grupo, independentemente de Oliveira e Costa ter sido o principal obreiro da falência do BPN. Moral da história, o verdadeiro criminoso está na cadeia. Mas nenhum dos outros sai bem na fotografia, nem mesmo Miguel Cadilhe que, sendo um homem competente e avisado, não tinha necessidade nenhuma de se ter envolvido naquele banco complicado.
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