27 maio 2009

padrão ouro

Durante o dia de ontem fui trocando emails com um professor de uma destacada universidade espanhola, a propósito de um livro dele que estou a terminar.
Nesse livro, o autor afirma que “o padrão ouro não é desejável porque a expansão da economia é muito mais rápida do que a capacidade de produzir ouro" e que, "a partir de um certo limite, não existiria dinheiro para novos bens".
No meu primeiro email, expressei a minha discordância dizendo que se o padrão monetário fosse o ouro e se a procura de moeda aumentasse, o ouro valorizaria e o custo dos outros bens “desvalorizaria” (em termos relativos), encontrando-se um novo equilíbrio.
A resposta do Prof. não se fez esperar. Em vez de argumentar, o referido Prof. explicou-me que “o seu livro tinha sido revisto por dois catedráticos e por um banqueiro e que a prova do que dizia é o que o padrão ouro tinha sido abandonado”.
Sorri com esta resposta, normal para um país Católico, impensável num país Protestante. Respondi-lhe que tinha ficado surpreendido que o livro não tivesse sido revisto pelo Papa, mas que mantinha a minha opinião. A resposta seguinte foi mais apaziguadora: “espero então que gostes do resto do livro”.
Gracias.

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