Esta característica da cultura católica que dá liberdade a cada homem para fazer as coisas à sua maneira, para além de tornar caótica e, no final vazia, a discussão de qualquer doutrina - como referi aqui - é a principal responsável pelo caos das instituições nos países católicos como Portugal sob um regime político, como a democracia, onde os dirigentes se renovam frequentemente.
Quando um homem atinge a direcção de uma instituição, a primeira coisa que faz é pôr as coisas à sua maneira. O seguinte, faz o mesmo. E o terceiro não faz diferente. Ao cabo de 20 ou 30 anos é o caos e ninguém se entende. Os sectores da educação e da justiça em Portugal, sob o regime democrático, ilustram o ponto. Na educação, desde 1974, já foram feitas mais de 20 reformas e na justiça o número não deve ser diferente, com os resultados que são conhecidos.
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