Neste post, tentei uma primeira abordagem “ao problema das elites”. Procurei identificar as características das elites, noutras espécies, para depois transpor alguns elementos para o Homo Sapiens.
Certamente que o reconhecimento social (eligere), a capacidade de liderança, a abnegação pessoal e a coragem são características que podemos transpor para as elites da nossa espécie. Em particular, o reconhecimento social é muito importante. Os machos alfa dependem desse reconhecimento para exercerem a liderança e é obvio que um líder político que tenha caído na cadeira do poder, sem ter conquistado esse reconhecimento, não durará muito tempo. Passou-se isso com Santana Lopes e está a passar-se o mesmo com Gordon Brown.
As características enunciadas, só por si, contudo, não chegam para definir uma elite. Interessa sobretudo os fins que servem. Ora uma tribo primitiva, ou um bando de primatas, oferecem-nos um modelo para definir esses fins.
As elites garantem o crescimento e a multiplicação da espécie. Defendendo o território, assegurando a ordem social, garantindo o acesso a provisões, resolvendo disputas internas e dando um exemplo de bom comportamento.
Se formos humildes, podemos utilizar estas observações para reconhecermos rapidamente quem são as elites sociais humanas. São as pessoas que se devotam ao Bem Comum, ao crescimento e multiplicação da espécie, e que são obstinadas e corajosas nesse propósito, estando dispostas a dar a própria vida por esse fim. Como qualquer macho alfa, de qualquer bando de primatas.
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