Em relação a este post do Rui gostaria de dizer duas palavras. Eu acho que Portugal é um excelente país e os portugueses são pessoas com imensas qualidades. Porém, em relação ao ponto que o Rui toca, isto é, à vida intelectual ou das ideias, bem nesse capítulo, depois de admitidas as habituais excepções, a minha opinião é a de que os portugueses são uns atrasos de vida que até mete impressão.
Até 1974 havia censura em Portugal. Porém, logo que a censura foi levantada e os portugueses podiam agora falar livremente, o que é que eles decidiram fazer? Decidiram procurar calar-se uns aos outros. Nas Universidades, a liberdade de expressão existe para todos aqueles que estiverem dispostos a ser porta-vozes de algum partido e somente enquanto eles forem fieis intérpretes da voz-do-dono, caso contrário são excluidos. Na Assembleia da República não é diferente. Nos jornais, as colunas de opinião estão tomadas por gente de partidos que dá a opinião dos partidos, e só essa, caso contrário são despedidos. Na blogosfera, que seria um meio privilegiado para praticar a liberdade de expressão, que fazem os portugueses? Continuam ainda a tentar calar os outros pela exclusão, pela censura, pelo insulto, pela chacota, pelo argumemto sistematicamente destrutivo.
E, no entanto, quem, sem os conhecer, olhasse estes pacóvios na universidade, no parlamento, nos jornais, nos blogues, cada um tomando-se mais a sério que o seu vizinho, ficaria provavelmente a pensar que tem aqui uma nação de intelectuais que faria inveja ao Péricles, tal a certeza que eles atribuem às suas próprias ideias e a convicção que possuem em procurar silenciar as dos outros. Desengane-se. Estes estarolas nunca produziram uma ideia original que fosse. Não se conhece uma ideia original na civilização que tenha sido produzida por estes atrasos de vida. Nem uma. É o facto de estes parolos nunca terem produzido uma ideia sequer que os leva a não dar valor às ideias. Todas as ideias que eles têm metidas na cabeça foram produzidas pelos padres e foram-lhes lá metidas pelos padres.
Tudo o que eles sabem ou julgam saber foi-lhes dito pelos padres, sem que alguma vez tivessem de mexer uma palha. Os protestantes, quando se separaram da Igreja Católica, tiveram um trabalho árduo, tiveram de ir ao Livro ler por eles próprios, pensar e julgar, para começarem a vida de novo. Estes patifórios, não. Continuaram a ter quem fizesse o trabalho por eles. Como se poderia esperar entre eles o gosto pelo debate das ideias se eles nunca tiveram de debater ideias e sempre as receberam já prontas a ser servidas? Como se pode esperar neles a valorização das ideias se as ideias sempre lhes foram fornecidas de borla pelo padres?
Pois estes ingratos, de vez em quando revoltam-se até contra os padres. Julgam que podem viver sem os padres. Mas não podem. Porque foram os padres que sempre lhes forneceram as ideias e ninguem pode viver sem ideias. Assumem então a postura e o lugar dos padres nas escolas, nas universidades e noutros púlpitos mais mediáticos. Sem ideias próprias e sem ninguém que lhas forneça, a experiência normalmente não dura muito. Acabam a chamar os padres de volta outra vez. Que cambada de pacóvios.
Até 1974 havia censura em Portugal. Porém, logo que a censura foi levantada e os portugueses podiam agora falar livremente, o que é que eles decidiram fazer? Decidiram procurar calar-se uns aos outros. Nas Universidades, a liberdade de expressão existe para todos aqueles que estiverem dispostos a ser porta-vozes de algum partido e somente enquanto eles forem fieis intérpretes da voz-do-dono, caso contrário são excluidos. Na Assembleia da República não é diferente. Nos jornais, as colunas de opinião estão tomadas por gente de partidos que dá a opinião dos partidos, e só essa, caso contrário são despedidos. Na blogosfera, que seria um meio privilegiado para praticar a liberdade de expressão, que fazem os portugueses? Continuam ainda a tentar calar os outros pela exclusão, pela censura, pelo insulto, pela chacota, pelo argumemto sistematicamente destrutivo.
E, no entanto, quem, sem os conhecer, olhasse estes pacóvios na universidade, no parlamento, nos jornais, nos blogues, cada um tomando-se mais a sério que o seu vizinho, ficaria provavelmente a pensar que tem aqui uma nação de intelectuais que faria inveja ao Péricles, tal a certeza que eles atribuem às suas próprias ideias e a convicção que possuem em procurar silenciar as dos outros. Desengane-se. Estes estarolas nunca produziram uma ideia original que fosse. Não se conhece uma ideia original na civilização que tenha sido produzida por estes atrasos de vida. Nem uma. É o facto de estes parolos nunca terem produzido uma ideia sequer que os leva a não dar valor às ideias. Todas as ideias que eles têm metidas na cabeça foram produzidas pelos padres e foram-lhes lá metidas pelos padres.
Tudo o que eles sabem ou julgam saber foi-lhes dito pelos padres, sem que alguma vez tivessem de mexer uma palha. Os protestantes, quando se separaram da Igreja Católica, tiveram um trabalho árduo, tiveram de ir ao Livro ler por eles próprios, pensar e julgar, para começarem a vida de novo. Estes patifórios, não. Continuaram a ter quem fizesse o trabalho por eles. Como se poderia esperar entre eles o gosto pelo debate das ideias se eles nunca tiveram de debater ideias e sempre as receberam já prontas a ser servidas? Como se pode esperar neles a valorização das ideias se as ideias sempre lhes foram fornecidas de borla pelo padres?
Pois estes ingratos, de vez em quando revoltam-se até contra os padres. Julgam que podem viver sem os padres. Mas não podem. Porque foram os padres que sempre lhes forneceram as ideias e ninguem pode viver sem ideias. Assumem então a postura e o lugar dos padres nas escolas, nas universidades e noutros púlpitos mais mediáticos. Sem ideias próprias e sem ninguém que lhas forneça, a experiência normalmente não dura muito. Acabam a chamar os padres de volta outra vez. Que cambada de pacóvios.
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