O SNS tornou-se num dispensário. Focado na sua própria organização, o SNS tem vindo a incrementar a quantidade de produtos e serviços que dispensa à população. Dispensa tudo a todos, sem assegurar o propósito de garantir a “promoção e a defesa da saúde".No post anterior dei um exemplo disso mesmo, no que diz respeito aos medicamentos, mas outros exemplos poderiam ser dados. Ora, é óbvio que um dispensário geral, universal e tendencialmente gratuito é insustentável porque é sempre possível dispensar mais e mais e mais...
Quando critico as turbosoluções, refiro-me especificamente ao disparate de acelerar a produção do dispensário, sem reposicionar o SNS em relação à sua visão fundadora.
A minha primeira proposta para dar sustentabilidade ao SNS é, portanto, retomarmos a visão do SNS como um meio de promover o direito à saúde e pôr fim ao dispensário.
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