Não é possível o diálogo entre duas culturas diferentes. A prazo, é o conflito certo. E assim aconteceu ao longo da história entre a cultura católica e a protestante. A forma como as duas culturas se acomodaram uma à outra para evitar o conflito, varia de país para país, conforme ele seja predominantemente católico ou protestante.
Os países de tradição católica (v.g., Portugal, Espanha, Itália), com a sua intolerância radical no espaço público, nunca permitiram que outras culturas emergissem nesse espaço por forma a fazer concorrência à cultura católica dominante. Daí que estes países sejam constituídos por populações homogéneas que, ou integraram as culturas estranhas, ou, quando estas não se deixaram integrar, as expulsaram - como aconteceu com os judeus e os muçulmanos.
Diferente é a solução oferecida pela cultura protestante. Devido à sua tolerância no espaço público, esta cultura aceita conviver com outras, desde que estas últimas vivam de forma separada ou segregada. A Irlanda, no caso do Reino Unido, a Baviera, no caso da Alemanha, o Apartheid na África do Sul, o Québec no Canadá, o mosaico de culturas em que consiste a América, constituem evidência desta tese.
Questão diferente é a de saber qual é a origem do conflito entre estas duas culturas, porque é que, se vivessem misturadas, elas entrariam inevitavelmente em conflito, como muitas vezes sucedeu ao longo da história, e nada garante que não volte a suceder no futuro. A resposta tem a ver com a ideia que está na base de cada uma delas - a verdade, no caso da cultura católica, a justiça, no caso da cultura protestante, e do facto de a verdade e a justiça nem sempre serem coincidentes. Os protestantes acusam os católicos de serem injustos e não possuirem julgamento, de serem intolerantes e crueis, e de serem irresponsáveis. De volta, os católicos acusam os protestantes de não serem verdadeiros ou de serem hipócritas, de serem ignorantes e fúteis, e de serem excessivamente estritos. Por vezes, dependendo das circunstâncias históricas, os ânimos aquecem. Pode acontecer brevemente na União Europeia, os primeiros sinais estão já aí.
Os países de tradição católica (v.g., Portugal, Espanha, Itália), com a sua intolerância radical no espaço público, nunca permitiram que outras culturas emergissem nesse espaço por forma a fazer concorrência à cultura católica dominante. Daí que estes países sejam constituídos por populações homogéneas que, ou integraram as culturas estranhas, ou, quando estas não se deixaram integrar, as expulsaram - como aconteceu com os judeus e os muçulmanos.
Diferente é a solução oferecida pela cultura protestante. Devido à sua tolerância no espaço público, esta cultura aceita conviver com outras, desde que estas últimas vivam de forma separada ou segregada. A Irlanda, no caso do Reino Unido, a Baviera, no caso da Alemanha, o Apartheid na África do Sul, o Québec no Canadá, o mosaico de culturas em que consiste a América, constituem evidência desta tese.
Questão diferente é a de saber qual é a origem do conflito entre estas duas culturas, porque é que, se vivessem misturadas, elas entrariam inevitavelmente em conflito, como muitas vezes sucedeu ao longo da história, e nada garante que não volte a suceder no futuro. A resposta tem a ver com a ideia que está na base de cada uma delas - a verdade, no caso da cultura católica, a justiça, no caso da cultura protestante, e do facto de a verdade e a justiça nem sempre serem coincidentes. Os protestantes acusam os católicos de serem injustos e não possuirem julgamento, de serem intolerantes e crueis, e de serem irresponsáveis. De volta, os católicos acusam os protestantes de não serem verdadeiros ou de serem hipócritas, de serem ignorantes e fúteis, e de serem excessivamente estritos. Por vezes, dependendo das circunstâncias históricas, os ânimos aquecem. Pode acontecer brevemente na União Europeia, os primeiros sinais estão já aí.
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