30 março 2009

gera revolta


A tradição católica, como argumentei no post anterior, gera sentimentos de injustiça mesmo quando está na verdade. Quando está em erro, os sentimentos de injustiça são intensíssimos, porque ela tende então a calar e a expulsar a verdade. São estes sentimentos de injustiça intensíssimos que tendem a corrigir a tradição católica e a pô-la no caminho da verdade. A conclusão é que a tradição católica não permanece por muito tempo no erro. O erro gera revolta.

E a tradição protestante? Não tem praticamente mecanismos nenhuns de defesa contra o erro e pode permanecer eternamente no erro. No post anterior, a verdade para esta tradição foi definida como V=20%A + 80%B, amanhã um novo veredicto do júri pode afastar ainda mais esta tradição da verdade, por exemplo, V= 5%A + 95%B. Enquanto o júri fôr percebido como imparcial, esta tradição não gera revolta e não corrige o erro. Nesta tradição, o erro pode assumir dimensões catastróficas (as duas guerras mundiais tiveram origem na Alemanha, a pátria do protestantismo).
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O facto de os países protestantes serem os mais inovadores na economia, na ciência, nas relações sociais, etc., é uma defesa que possuem contra o erro. Um país católico não permanece no erro porque gera revolta. Um país protestante só se assegura que não permanece no erro mudando constantemente e chamando para junto de si outras tradições que lhe apontem os erros. Daí que os países protestantes sejam abertos à imigração e ao multiculturalismo. Entregues a si próprios corriam o risco de cometer erros fatais.

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