Neste dois posts (aqui e aqui), procurei contrastar as respostas que a cultura portestante e a cultura católica dão a três questões da actualidade, duas delas envolvendo a vida e a morte - o aborto, a eutanásia e a homossexualidade. As respostas são radicalmente opostas: "Não" na cultura católica, "Sim" na cultura protestante.
Com base nestas questões, e nas respostas que lhes são dadas pelas duas culturas, gostaria de fazer três observações. A primeira para reiterar a tese de que o diálogo entre estas duas culturas - como entre quaisquer outras culturas - é impossível e, portanto é impossível a convivência entre elas, uma tema que desenvolverei no próximo post.
Segunda, para observar que a cultura católica impõe um fardo maior sobre o homem - um filho indesejado, a morte dolorosa, a repressão da tendência homossexual. Pelo contrário, a cultura protestante liberta-o de todos estes fardos e é uma cultura mais hedonista.
A terceira respeita à morte. A cultura católica coloca as decisões sobre a vida humana fora do alcance do homem. Na realidade, ela coloca esses decisões nas mãos de Deus. Em nenhum caso (vg., aborto, eutanásia) o homem está a autorizado a tomar decisões nesta matéria. Pelo contrário, na tradição protestante é o homem que decide sobre a sua vida e a dos outros. Esta é talvez a faceta mais ameaçadora e, de longe, a mais perigosa da cultura protestante, um tema ao qual voltarei brevemente.
Aqui, um casal de milionários inglês, decidiu acabar com a vida numa clínica da morte na Suíça.
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