Um pai de Aveiro esqueceu-se do filho no automóvel e este faleceu, devido ao calor e à desidratação. Deverá o pai ser condenado?
Se os portugueses tivessem qualquer sentido de justiça, a resposta inequívoca seria sim. Com certeza. Isso não significa que viesse a cumprir uma pena de prisão efectiva. Foi cometido um homicídio por negligência e dando este facto como provado, o resultado só poderia ser uma condenação.
No Público, contudo, debate-se o caso como se restassem quaisquer dúvidas. Um psicólogo criminal, Carlos Poiares, diz que é necessário fazer uma avaliação psicológica ao pai. Um advogado, Carlos Abreu Amorim, diz que o pai não deve ser condenado e culpa o actual “ritmo de vida alucinante”. Um Professor de Direito, Paulo Mata, explica que não devemos confundir um homicídio por negligência grosseira com um homicídio por negligência simples.
Nada é simples em Portugal. Ainda estamos numa fase muito grosseira.
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