A presente crise financeira foi gerada principalmente, embora não exclusivamente, por um excesso de oferta de crédito - crédito hipotecário, crédito ao consumo, crédito de toda a espécie.
A questão que gostaria agora de colocar é a seguinte, circunscrevendo-me à União Europeia: qual o grupo de países, os protestantes (vg, Reino Unido, Alemanha, Holanda,) ou os católicos (vg, Portugal, Espanha, Itália) onde os consumidores vão sofrer mais em resultado da crise?
E pretendo responder a esta questão à luz da teoria que tenho vindo a desenvolver em posts recentes, uma das suas teses principais sendo que, nos países protestantes o consumidor é soberano (e o produtor servo), enquanto nos países católicos, o soberano é o produtor (e servo o consumidor).
A resposta parece antecipar-se: sofrem mais os consumidores dos países onde o consumidor é servo - isto é, os países católicos.
Na realidade, estes são os países que, ao juntarem-se aos países protestantes na UE, adoptaram, por simples imperativos da concorrência, as mesmas técnicas de marketing agressivas (e, nalguns casos, enganosas) que são típicas dos países protestantes. Para os consumidores dos países católicos isto foi o deslumbramento.
Estes são os países onde o consumidor é servo, onde ele tinha grande dificuldade em obter um cartão de crédito, um crédito para comprar automóvel, um crédito hipotecário, um crédito de viagem. Porém, agora os bancos telefonavam-lhe para casa, várias vezes ao mês, a oferecer-lhe (ele já nem sequer tinha de pedir!) todo o tipo de créditos. Em lugar de um crédito automóvel, ele aceitou dois; em lugar de um cartão de crédito, ele aceitou três, em lugar de um crédito de viagens, ele aceitou cinco. Ele acabou a viver muito para além das suas possibilidades.E é isso que as estatísticas confirmam - os países mais endividados e com maiores défices na balança de transacções correntes, são precisamente os países católicos: Espanha, Portugal, Itália, Irlanda, para além da Grécia.
Os consumidores destes países vão passar um mau bocado - um bocado muito pior que os seus congéneres ingleses, alemães, holandeses ou finlandeses. São os efeitos perversos de um cultura protestante de mercado livre imposta em países de tradição católica.
A questão que gostaria agora de colocar é a seguinte, circunscrevendo-me à União Europeia: qual o grupo de países, os protestantes (vg, Reino Unido, Alemanha, Holanda,) ou os católicos (vg, Portugal, Espanha, Itália) onde os consumidores vão sofrer mais em resultado da crise?
E pretendo responder a esta questão à luz da teoria que tenho vindo a desenvolver em posts recentes, uma das suas teses principais sendo que, nos países protestantes o consumidor é soberano (e o produtor servo), enquanto nos países católicos, o soberano é o produtor (e servo o consumidor).
A resposta parece antecipar-se: sofrem mais os consumidores dos países onde o consumidor é servo - isto é, os países católicos.
Na realidade, estes são os países que, ao juntarem-se aos países protestantes na UE, adoptaram, por simples imperativos da concorrência, as mesmas técnicas de marketing agressivas (e, nalguns casos, enganosas) que são típicas dos países protestantes. Para os consumidores dos países católicos isto foi o deslumbramento.
Estes são os países onde o consumidor é servo, onde ele tinha grande dificuldade em obter um cartão de crédito, um crédito para comprar automóvel, um crédito hipotecário, um crédito de viagem. Porém, agora os bancos telefonavam-lhe para casa, várias vezes ao mês, a oferecer-lhe (ele já nem sequer tinha de pedir!) todo o tipo de créditos. Em lugar de um crédito automóvel, ele aceitou dois; em lugar de um cartão de crédito, ele aceitou três, em lugar de um crédito de viagens, ele aceitou cinco. Ele acabou a viver muito para além das suas possibilidades.E é isso que as estatísticas confirmam - os países mais endividados e com maiores défices na balança de transacções correntes, são precisamente os países católicos: Espanha, Portugal, Itália, Irlanda, para além da Grécia.
Os consumidores destes países vão passar um mau bocado - um bocado muito pior que os seus congéneres ingleses, alemães, holandeses ou finlandeses. São os efeitos perversos de um cultura protestante de mercado livre imposta em países de tradição católica.
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