10 fevereiro 2009

Manel Pião


Quando acabei o post do Manel Relógio, eu lembrei-me de contar uma anedota, mas retraí-me. Foi só depois de ler o comentário do JRF a outro post que me decidi. Aqui vai. Era um casal português, o Manel e a Joaquina, ele muito ciumento. Estiveram casados mais de trinta anos. Um dia ele adoeceu e a doença foi fatal. No leito da morte, ele teve o seguinte diálogo com a mulher:

-Joaquina, promete-me que depois de eu morrer, nunca terás outro homem...

-Manel ... tu és maluco... prometo-te por tudo ... juro-te pela minha rica saudinha ...

-Dá-me uma garantia ... preciso de uma garantia ... qualquer coisa a que eu me possa agarrar...

-Olha... sei lá ... posso-te prometer que cada vez que eu me porte mal cá terra, tu lá no céu darás uma volta ...

O Manel morreu. Passados uns anos morreu a Joaquina. Bateu às portas do céu e estava o S. Pedro.

-Olá S. Pedro ... eu sou a Joaquina Silva ... podias, por acaso, encontrar-me por aí o meu marido?...

-Como é que se chama o teu marido?

-Manuel Silva...

-Bah ... tenho por aí tantos Manueis Silva... como é que queres que encontre o teu marido?... Ele não tem assim nenhum sinal particular?

-Não ... era um homem perfeitamente normal ... a única coisa que me lembro é que lhe fiz uma promessa, antes de ele morrer, que cada vez que eu me portasse mal lá na terra, ele daria uma voltinha aqui no céu ...

-Ah... pronto... já podias ter dito... Assim não há nada que enganar: vais por esta rua abaixo, chegas ao largo, voltas à direita, perguntas pelo Manel Pião e toda a gente o conhece.

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