Quando, há cerca de dois anos, visitei a Argentina - um país de cultura católica, como Portugal - uma das observações que mais me impressionou foi a profusão de livrarias em Buenos Aires. Mas também a quantidade de cafés onde homens, muitos de barbas e com ar de intelectuais, pareciam passar as tardes à conversa a discutir assuntos importantes para os destinos da humanidade e do seu próprio país.
Uma mirada às livrarias - uma delas, El Ateneo, considerada recentemente a mais bela do mundo - e tudo me pareceu familiar. A maior parte dos livros em destaque eram de intelectuais de esquerda dos anos 60 e 70, Sartre, Poulantzas, Mao, Miliband, Samir Amin, etc., e, no que respeita à Argentina, a primazia era para os livros sobre Péron e o período peronista, isto é, o passado.
Em breve, comentei para o lado: "Isto parece Lisboa nos anos 70. Eles não vão longe assim." Intelectuais de um país católico a discutir ideias políticas, não só nunca levou a lado nenhum, como costuma ser altamente destrutivo.
Uma mirada às livrarias - uma delas, El Ateneo, considerada recentemente a mais bela do mundo - e tudo me pareceu familiar. A maior parte dos livros em destaque eram de intelectuais de esquerda dos anos 60 e 70, Sartre, Poulantzas, Mao, Miliband, Samir Amin, etc., e, no que respeita à Argentina, a primazia era para os livros sobre Péron e o período peronista, isto é, o passado.
Em breve, comentei para o lado: "Isto parece Lisboa nos anos 70. Eles não vão longe assim." Intelectuais de um país católico a discutir ideias políticas, não só nunca levou a lado nenhum, como costuma ser altamente destrutivo.
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