Voltando à questão colocada esta manhã pelo Joaquim: como é que um médico, que seja um homem de escol, responde, em Portugal, ao doente terminal que lhe pede: "Diga-me a verdade".
Resposta: Omitindo a verdade ou, literalmente, mentindo.
Um homem de escol a omitir a verdade ou a mentir? Sim. Sendo um homem de escol suposto ser um homem dedicado à verdade, ele é suposto saber a verdade acerca da sua cultura, e o sofrimento que vai causar ao doente, à sua família e aos seus amigos (ver aqui), se lhe disser a verdade: "Você tem seis meses de vida".
Resposta: Omitindo a verdade ou, literalmente, mentindo.
Um homem de escol a omitir a verdade ou a mentir? Sim. Sendo um homem de escol suposto ser um homem dedicado à verdade, ele é suposto saber a verdade acerca da sua cultura, e o sofrimento que vai causar ao doente, à sua família e aos seus amigos (ver aqui), se lhe disser a verdade: "Você tem seis meses de vida".
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PS.: O Joaquim naquela altura ainda não se tinha reaculturado. Estou certo que nunca mais voltou a cometer o mesmo erro. Porque, na realidade, na nossa cultura, é de um erro que se trata: para quê causar sofrimento desnecessário? Na nossa cultura, a verdade não é para todos. É só para alguns - o escol. E o Joaquim vinha de um país onde a verdade é suposta ser para todos.
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