O Joaquim e eu, tendo passado o fim-de-semana em Londres, não nos cruzámos com o ministro das finanças. Ainda bem. Ele foi à Standard & Poor. A nossa visita, pelo contrário, teve objectivos mais prosaicos, mas que eu não revelo quais foram. Acho que teríamos censurado, ambos, a visita do ministro a Londres, se o tivéssemos encontrado.
Não se faz. A Standard & Poor não é assim tão importante como o ministro julga. Tem cerca de 500 empregados em todo o mundo, a maioria economistas, e é uma subsidiária da McGraw-Hill. Colocou o rating de Portugal sob vigilância negativa, o que significa que, em princípio, irá baixá-lo nas próximas semanas.
A Standard & Poor vive da sua credibilidade, uma credibilidade seriamente abalada nos últimos meses quando manteve ratings elevados para muitas empresas - sobretudo bancos - que estão agora em situação de insolvência. A Standard & Poor necessita de credibilidade para ela própria não se tornar insolvente.
E o minitro das finanças de Portugal foi dar à Standard & Poor aquilo de que ela mais necessitava - credibilidade. Se, até aqui, o abaixamento do rating da República Portuguesa pela Standard & Poor era uma mera possibilidade, a partir de agora passa a ser uma certeza. "Nós não cedemos a pressões nem de ministros das Finanças", poderá a Standard & Poor deixar subentendido, sem nunca ter necessidade de o afirmar.
Se a visita (que nunca viria noticiada nos jornais) fosse a do ministro das finanças da Alemanha, do Reino Unido, ou dos EUA, tudo seria diferente. Agora, de Portugal ... não havia necessidade.
Não se faz. A Standard & Poor não é assim tão importante como o ministro julga. Tem cerca de 500 empregados em todo o mundo, a maioria economistas, e é uma subsidiária da McGraw-Hill. Colocou o rating de Portugal sob vigilância negativa, o que significa que, em princípio, irá baixá-lo nas próximas semanas.
A Standard & Poor vive da sua credibilidade, uma credibilidade seriamente abalada nos últimos meses quando manteve ratings elevados para muitas empresas - sobretudo bancos - que estão agora em situação de insolvência. A Standard & Poor necessita de credibilidade para ela própria não se tornar insolvente.
E o minitro das finanças de Portugal foi dar à Standard & Poor aquilo de que ela mais necessitava - credibilidade. Se, até aqui, o abaixamento do rating da República Portuguesa pela Standard & Poor era uma mera possibilidade, a partir de agora passa a ser uma certeza. "Nós não cedemos a pressões nem de ministros das Finanças", poderá a Standard & Poor deixar subentendido, sem nunca ter necessidade de o afirmar.
Se a visita (que nunca viria noticiada nos jornais) fosse a do ministro das finanças da Alemanha, do Reino Unido, ou dos EUA, tudo seria diferente. Agora, de Portugal ... não havia necessidade.
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