13 janeiro 2009

2 escolas 2

Nos últimos posts, aqui e aqui, tenho vindo a desenvolver a tese de que, em Portugal, temos socialismo para a populaça e capitalismo para os ricos. Isto é quase uma evidência com que nem vale a pena perder muito latim. Nos países verdadeiramente socialistas, as instituições privadas quase não existem. Em Portugal, contudo, há dois universos paralelos, o público e o privado, respectivamente para os servos da gleba e para os patrícios.
Deixem-me esclarecer que sou completamente contrário a esta situação. Todos devem poder beneficiar da pujança do sistema capitalista. Na educação, por exemplo, as melhores escolas do País, a nível do ensino básico e secundário, são privadas. Porque não deixar que todos os portugueses beneficiem deste tipo de ensino?
O Estado gasta com cada aluno do secundário cerca de 4.000,00 €/ano. Esse montante chega para pagar uma escola de primeira categoria. Faz algum sentido condicionar as escolhas dos pais? Eu penso que não.
Sou a favor de um sistema com igualdade de oportunidades. A coexistência de dois sistemas, no mesmo país, destinados a diferentes classes sociais parece-me repulsiva.

PS: Foto do site do Colégio Alemão, no Porto.

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