A populaça são as pessoas que estão dispostas a trocar a liberdade pela segurança. Apesar de usar este termo repetidamente, tinha alguma dificuldade em defini-lo com precisão. Tanto em relação à origem social, como à educação, como aos gostos e hábitos.
Há mais populaça nas classes baixas, sem dúvida, mas também a há nas altas. Encontramos mais iletrados na populaça, mas também têm doutores. Por fim, os gostos rascas não são exclusivo de nenhuma classe. Basta ir a uma queima da fitas para perceber este fenómeno.
O que verdadeiramente distingue a populaça das elites, na minha opinião, é o valor que atribuem à liberdade e à segurança. A populaça é servil e está disposta a deixar-se pastorear mansamente desde que haja alguma relva fresca. As elites, pelo contrário, assumem mais riscos para garantir a liberdade.
Infelizmente, para a populaça, o mundo está em constante mudança e ninguém está em condições de garantir seja o que for, como se vê na presente crise económica. Quem abdicou da sua liberdade e de desenvolver as acções necessárias à sua sobrevivência, a troco de esmolas, vê-se agora sem liberdade e sem segurança.
É por isso que Benjamin Franklin afirmou que “os que põem a segurança acima da liberdade não merecem nem uma nem outra”. Não haverá ensinamento mais sábio.
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