03 dezembro 2008

Desunião


António Sampaio e Mello, contratado há quatro meses por Manuela Ferreira Leite para ser o ideológo do PSD e para redigir um programa de políticas alternativas à governação PS, demitiu-se no final da semana passada. Sem ter produzido qualquer documento.

Pelos vistos, Sampaio e Mello, personalidade com vasto currículo académico e empresarial tanto em Portugal como nos Estados Unidos, não foi capaz de reunir recursos nem de mobilizar o partido em prol da produção de novas ideias. A pedra de toque terá sido a criação recente do Instituto Sá Carneiro, liderado por Alexandre Relvas, uma figura, ao que se sabe, bem posicionada junto das elites do partido e que, imagine-se, já reuniu mais de 60 pessoas para o seu "think tank".

Enfim, trata-se de mais um registo da triste realidade, da desunião, que hoje caracteriza o PSD. O dia a dia do partido passou a girar à volta destes golpes palacianos. Mas é bem feito, porque Manuela Ferreira Leite está agora a provar do seu próprio veneno. A contestação interna que está a sofrer neste momento é idêntica àquela com que Ferreira Leite derrubou Menezes.

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