democracia liberal

Para escolherem a localização de uma nova colmeia, as abelhas usam um sistema democrático. Na primavera, cerca de metade das abelhas deixa a colmeia, com a abelha rainha, para fundar uma nova colónia.
Começam por se reunir num enxame de onde vão saindo para explorarem possíveis localizações para a nova colmeia. Quando regressam, cada uma executa uma dança que indica às outras a sua localização favorita. As abelhas vão então explorar essa localização e, de volta ao enxame, votam em cada uma das escolhas, associando-se ou não à respectiva dança.
O processo termina quando o maior numero de abelhas se associa à dança relativa ao local favorito. Diz quem sabe que este processo, que demora cerca de duas semanas, permite a melhor escolha possível.
Em termos biológicos podemos caracterizar esta escolha como a mais adequada ao maior número de genótipos presentes no enxame.
A democracia liberal serve o mesmo propósito na espécie humana. Dá uma oportunidade a cada genótipo de influenciar o colectivo. O que não deve dar, em caso algum, é uma oportunidade à maioria para subjugar qualquer minoria, ou até qualquer indivíduo. Isso não seria uma democracia liberal mas sim uma ditadura da maioria.