O fim da família tradicional, a ocorrer, será uma das maiores transformações sociais de sempre. Penso que representará também o fim do Fim da História, ou seja, o fim das democracias liberais e capitalistas.
Num discurso recente na Cúria Romana, o Papa Bento XVI alertou para a importância deste fenómeno, sublinhando que as relações heterossexuais tradicionais são de extrema importância para a espécie humana. Bento XVI foi ao ponto de afirmar que a Igreja Católica deve proteger os relacionamentos heterossexuais, para evitar que “o homem se destrua a si próprio”.
Compreendo a preocupação do Papa Bento XVI e estou de acordo relativamente à importância da família tradicional, mas não penso que alguém, ou qualquer instituição, possa balizar o nosso futuro.
Se a família tradicional se extinguir, enquanto célula nuclear, uma nova ordem social emergirá de forma espontânea, embora ninguém à face da terra consiga vislumbrar, por enquanto, os contornos dessa nova ordem.
Sabemos contudo, a priori, que em qualquer cenário, continuaremos a “crescer e a multiplicarmo-nos” e a servir os desígnios de Deus.
PS: Ver post do João Miranda.
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